Aprendiz de Schumacher, Massa encerra carreira de sucesso como último brasileiro de destaque na F1 e ‘quase’ de 2008

2016, o ano da aposentadoria de Felipe Massa, coloca um ponto final na trajetória que começou no distante 2002. Antes apenas um coadjuvante na Sauber, o brasileiro cresceu e ganhou respeito por onde passou. Só faltou o título

A quinta-feira (1º) começou com uma notícia surpreendente. Felipe Massa, talvez o piloto brasileiro mais marcante dos últimos anos, anunciou a decisão de abandonar a F1 ao final de 2016. As últimas corridas da temporada vão encerrar uma trajetória que começou no distante 2002.
 
14 anos depois, o que fica claro é o sucesso de Massa. Mesmo sem o título, tão desejado pelo público brasileiro, Felipe se consolidou como um dos pilotos mais respeitados da F1 atual.  Seja na Ferrari ou na Williams, o brasileiro agiu como aquele piloto que poderia ter encerrado o jejum de títulos que já dura 25 anos.
 
Mas o fim da linha chegou. Vivendo um 2016 apagado, Massa assumiu a responsabilidade de colocar um ponto final em sua própria carreira. O GRANDE PRÊMIO aproveita a oportunidade para recordar a trajetória do brasileiro na principal categoria do automobilismo.
Felipe Massa ao lado de Claire Williams: o brasileiro anunciou o fim da sua carreira na F1 (Foto: Williams)

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O sucesso de Felipe Massa nos monopostos vem de muito tempo atrás. Lá em 1999, ainda engatinhando no mundo das corridas, o brasileiro foi campeão da finada F-Chevrolet. Não era exatamente um título de grande expressão, mas foi o trampolim necessário para uma chegada marcante ao automobilismo europeu.
 
No ano seguinte, na F-Renault 2000, Massa levaria o título tanto na classe italiana quanto na classe Eurocup. Em 2001, a passagem para a Euroformula 3000 – não confundir com a famosa F-3000 Internacional – com a tradicional equipe Draco, também levando a taça. Era o suficiente para chamar a atenção da Sauber na F1, onde virou piloto titular ao lado de Nick Heidfeld após uma bateria de testes.
 
O primeiro ano na F1 não foi nada fácil. Heidfeld se consolidou como principal piloto da Sauber, conseguindo pontuações mais gordas do que Massa. O brasileiro não fez um trabalho ruim – pontuou em três oportunidades – mas uma relação desgastada com a cúpula da equipe suíça resultou na perda da vaga para 2003, abrindo caminho para o alemão Heinz-Harald Frentzen.
 
Assim, Massa passou a ser abrigado pela Ferrari. Felipe virou piloto de testes em Maranello, sendo peça importante de uma das formações mais dominantes da história da F1, no auge da era Schumacher. Ainda era cedo para saber, mas a relação renderia uma ótima recompensa no futuro.
 
Apoiado pela Ferrari, Massa conseguiu voltar ao carro da Sauber – equipe tradicionalmente aliada aos italianos. A temporada 2004, portanto, seria um recomeço para Felipe. Mesmo ficando bem atrás do companheiro Giancarlo Fisichella, o brasileiro tinha o voto de confiança de Peter Sauber para ficar mais um ano, renovando o contrato para 2005. Aí o jogo começou a virar: mesmo com um carro menos competitivo, Massa conseguiu superar o companheiro Jacques Villeneuve.
 
Mas o mais importante de 2005 não foi nem o presente, mas sim o futuro. O ano mais sólido colocou Massa em uma posição muito boa para a vaga na Ferrari em 2006. Com Rubens Barrichello encerrando seu contrato um ano antes do previsto, o compatriota viu caminho livre para virar piloto de ponta.
 
Para 2006, o companheiro era ninguém menos que Michael Schumacher. O alemão não criou uma boa imagem no Brasil, consequência da relação conturbada com Barrichello. Quem esperava que o mesmo fosse acontecer com Massa estava bastante enganado: o heptacampeão se mostrou muito cordial com Felipe, que se apresentou como aprendiz do companheiro de sucesso.
 
Claramente segundo piloto, Massa ficava em segundo plano na temporada que ficaria marcada pelo embate entre Fernando Alonso e Schumacher. Mesmo precisando se satisfazer com migalhas, o ano foi muito positivo: sete pódios e o terceiro lugar no Campeonato de Pilotos. Na briga de ‘segundões’, bateu Fisichella, escudeiro de Alonso.
Tudo começou na Sauber (Foto: Sauber)

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A segunda metade de 2006 foi particularmente especial para Massa. Depois de um começo de temporada de poucos brilhos, o brasileiro conseguiu tirar proveito da notável melhora de rendimento da Ferrari. O GP dos Estados Unidos foi um divisor de águas, dando o primeiro de três pódios seguidos. Mas a honra maior seria outra: no GP da Turquia, Massa dominou. Enquanto Alonso e Schumacher trocavam farpas, o paulista partiu para o primeiro triunfo da carreira.
 
Mais alguns meses e o segundo triunfo viria: em um GP do Brasil que só serviria para confirmar o já quase certo bicampeonato de Alonso, Massa voltou a brilhar e, em um dia perfeito, a primeira vitória brasileiro em Interlagos desde 1993 se confirmou. Até hoje, dez anos após a redentora vitória de Massa, as imagens do brasileiro com o macacão verde e amarelo vivem no imaginário do torcedor.
 
Mesmo assim, o futuro de Massa na F1 era incerto. Antes de Michael Schumacher anunciar a aposentadoria, Felipe era tido como um futuro desempregado. Kimi Räikkönen estava chegando, e alguém teria de vazar. Pois Schumacher tratou de pendurar o capacete e foi conversar com a cúpula da equipe: renovem com Massa.
 
A renovação se confirmou, e Räikkönen passaria a ser o novo companheiro de Massa em 2007. A possibilidade de brigar pelo título existia, mas não se confirmou: o brasileiro até fez um bom começo de ano, somando duas vitórias, mas a recuperação surreal de Kimi na segunda metade foi o que valeu o título. O finlandês fechou o ano com uma vitória no GP do Brasil, suficiente para desbancar a dupla da McLaren, Alonso e Lewis Hamilton. Para vencer, Räikkönen precisou de ordens de equipe que viriam a custa a segunda vitória de Massa no Brasil.
 
Ainda era muito cedo para saber, mas o melhor estava reservado para 2008. Räikkönen vivia a seca do título, enquanto Massa tinha uma fome ainda maior. O ano começou péssimo, com dois acidentes e dois abandonos, enquanto o rival Hamilton somava 14 pontos. Quando entrou nos eixos, Felipe tratou de recuperar o terreno perdido. Vitórias no Bahrein, na Turquia e na França entregaram a liderança para o brasileiro. Será que o primeiro título brasileiro em 17 anos viria?
 
Como sabemos, não veio. Na Inglaterra, Massa foi ridículo e saiu sem pontos. Na Hungria, uma quebra de motor no fim acabou com uma vitória certa. Assim, as vitórias em Valência e na Bélgica só serviram para ensaiar uma recuperação – que levaria um duro golpe com o episódio da mangueira em Cingapura. Essa série de contratempos fez Felipe chegar ao último GP do ano, no Brasil, em situação delicada: Hamilton partia para a prova final com uma vantagem de 7 pontos, isso em um campeonato que só dava 10 pela vitória.
 
Em Interlagos, Massa fez sua parte: liderou a corrida de cabo a rabo, superando o clima instável com maestria. Hamilton, por sua vez, sofria muito: o britânico sofria até para pontuar, abrindo a última em sexto – insuficiente para ser campeão. Pena que as coisas só acabam quando terminam: Glock, lento com pneus macios em uma pista cada vez mais molhada, despencou para sexto, entregando o quinto posto e o título para Lewis. Na última curva, nos últimos metros. Felipe foi protagonista da decisão de título mais surreal de todas, mas não foi o herói.
O título não veio em 2008 (Foto: Ferrari)

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Em 2009, Massa precisaria recomeçar do zero. O brasileiro foi vítima das mudanças drásticas no regulamento: a Ferrari desenvolveu um carro completamente sem brilho, muito atrás das novas potências Brawn e Red Bull. Só restava fazer um ano decente, já pensando em 2010. Mas até isso deu errado: havia uma mola no caminho.
 
Felipe foi acertado em cheio pela mola do carro de Barrichello. O capacete não deu conta do recado e Massa precisou ser transferido imediatamente para um hospital de Budapeste. O acidente não foi suficiente para acabar com a carreira do piloto, mas certamente acabou com o ano: Massa ficaria de molho até 2010.
 
Quando voltou, Massa se deu de cara com um ambiente muito diferente.  O decadente Räikkönen havia largado a F1, abrindo caminho para um energizado Alonso. Não existe resposta definitiva sobre o que aconteceu com Felipe após o incidente da mola, mas é fato que os resultados estavam piorando: o brasileiro teve um 2010 bastante decepcionante e, com um carro potencialmente campeão, somou meros quatro pódios. O episódio do ‘Fernando is faster than you’ no GP da Alemanha foi o símbolo maior de um ano para esquecer. De uma hora para outra, o paulista havia voltado a ser o segundo piloto da Ferrari.
Com Fernando Alonso como companheiro, Felipe se apagou (Foto: Ferrari)
Nos três anos seguintes a situação não mudou muito. O 2011 de Massa foi ainda pior, sendo agravado por um carro ruim. Nenhum pódio foi conquistado. 2012 começou ainda mais lamentável, mas houve um ensaio de recuperação na reta final, culminando em um pódio em Interlagos. Mas o bom momento não se sustentou: 2013 voltou a ser uma temporada opaca.
 
Assim, Massa deu sua trajetória na Ferrari por encerrada. O brasileiro fez uma aposta ousada ao se transferir para a Williams. E deu muito certo: com os britânicos, Felipe renasceu. Em um ano dominado pela Mercedes, o brasileiro conseguiu a proeza de ser pole na Áustria, além de conseguir três pódios. A vitória em Abu Dhabi era possível, mas não se concretizou por conta de uma estratégia duvidosa da equipe.
 
Em 2015, o início da decadência. A Williams claramente não havia avançado, começando a virar um alvo fácil para equipes rivais. Valtteri Bottas e Massa ainda iam ao pódio uma vez que outra, mas o carro estava ficando defasado. E isso ficou ainda mais evidente em 2016, consequência tanto do carro ruim quanto do piloto em fase péssima: ainda com a temporada em aberto, já está claro que a carreira na F1 não tinha futuro.
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