Avanço do coronavírus na Europa leva governo a determinar GP da Turquia sem público
A organização do GP da Turquia, prova que retorna ao calendário da Fórmula 1 depois de nove anos, anunciou que a prova, cujos promotores tinham expectativa de atrair 100 mil pessoas, vai ser realizada com portões fechados
No momento em que a pandemia do novo coronavírus ganha força em uma segunda onda na Europa e em países da Ásia, a Turquia teve de rever os ousados planos de colocar 100 mil pessoas no Istambul Park para a prova que vai marcar o regresso do país ao calendário do Mundial de Fórmula 1 depois de nove anos. Nesta segunda-feira (5), o governo de Istambul determinou que o GP da Turquia vai ser disputado como previsto, em 15 de novembro, mas com portões fechados.
A confirmação foi feita pelo governo da região mais importante do país e que compreende presença nos continentes europeu e asiático.
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“No âmbito dos esforços para combater a epidemia de coronavírus, e de acordo com a recomendação do Comitê de Pandemia de Istambul, o GP da Turquia de Fórmula 1 vai ser realizado sem espectadores”, diz o comunicado emitido pelas autoridades locais.
Os números atualizados pela Universidade Johns Hopkins reportam que a Turquia hoje tem um total de 324.443 casos confirmados de Covid-19 e 8.441 vidas perdidas.
A organização do evento, que volta ao calendário da Fórmula 1 neste ano na esteira de um cronograma revisado justamente por conta da pandemia, estava otimista em contar com um grande público nas arquibancadas do Istambul Park, em Kurtkoy. Os promotores da prova divulgaram que, em apenas seis horas após o início das vendas, nada menos que 40 mil ingressos já haviam sido vendidos.
Vural Ak, promotor da corrida, reforçou, meses atrás, que tinha a expectativa de receber um grande público em 15 de novembro. “Somos apaixonados e entusiastas deste esporte e podemos organizá-lo com êxito. Mas, como você sabe, existe o Covid-19. É por isso que esperamos trazer cerca de 100 mil pessoas”.
A decisão do governo de Istambul contrasta com o momento em que a Europa passa a, ainda que lentamente, abrir os portões para as suas corridas no Mundial. Neste fim de semana, por exemplo, a organização do GP de Eifel espera ter um público de cerca de 20 mil pessoas em Nürburgring.
No último GP da Rússia, cerca de 30 mil pessoas estiveram nas arquibancadas do Parque Olímpico de Sóchi. Naquele fim de semana, dentre os 1.800 testes realizados pela junta médica da Fórmula 1, dez deram positivo, um recorde de casos desde que a categoria passou a testar constantemente para evitar o avanço do vírus.
Contudo, Fórmula 1 disse que o aumento de casos não tem relação direta com o público em Sóchi.
“A FIA e a Fórmula 1 podem confirmar que entre a sexta-feira, 25 de setembro, e a quinta-feira, 1º de outubro, foram realizados 1.822 testes para covid-19 em pilotos, equipes e estafe. Destas, dez pessoas testaram positivo. Todos os testes positivos foram de pessoal auxiliar”, disse a categoria em comunicado.
“Estes casos foram controlados rapidamente e efetivamente sem impactar o evento. A presença de fãs não afetou a situação, uma vez que o público não estava permitido a entrar na bolha da F1, de acordo com nosso protocolo vigente”, seguiu.
“A FIA e a Fórmula 1 revelam essas informações com o propósito de integridade competitiva e transparência. Nenhum detalhe sobre equipes ou indivíduos será informado por FIA ou F1, e os resultados continuarão sendo comunicados a cada sete dias”, finalizou.
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