Blundell cita atrito durante teste e diz que Senna era “incrivelmente egoísta”

Mark Blundell não teve muitos anos de F1, mas conviveu com Ayrton Senna em 1992 no posto de piloto de testes. Segundo o inglês, o brasileiro era uma mistura de gênio e louco e pensava apenas no próprio sucesso

Ayrton Senna foi um dos maiores pilotos da história da F1, mas passou longe de ser uma unanimidade. Mark Blundell, por exemplo, não era exatamente fã do estilo de trabalho do brasileiro. O inglês, que foi reserva de Senna e de Gerhard Berger na McLaren em 1992, relembrou de um atrito que teve com o tricampeão, a quem chamou de egoísta, em um teste em Ímola.
 
Em participação no podcast oficial da F1 ‘Beyond the Grid', Blundell recordou os tempos de reserva de Senna e quando superar o brasileiro em um teste foi um grande problema na relação dos dois.
 
"Um pouco gênio, um pouco louco. E era incrivelmente egoísta, sempre fez questão de ter tudo que precisava para ter sucesso. Lembro de um teste em Ímola que eu testei com um carro de suspensão ativa e fui um pouco mais rápido do que ele. Então, depois daquilo, eu deveria ir embora para o aeroporto com o Josef Leberer, fisioterapeuta. Quando fui me despedir e ir para Bolonha, Senna levantou e disse que Leberer não iria a lugar algum", contou.
Mark Blundell relembrou os atritos com Ayrton Senna na McLaren (Foto: Divulgação)
Para o inglês, aquela discordância foi apenas uma mostra de como Senna se comportava com o time, tentando ser o centro das atenções, mas sem gerar uma pressão exagerada nos colegas.
 
"Nesse momento estavam muitas pessoas, incluindo o Dave Ryan, diretor do time, que não falou nada. Aí eu questionei como que iria para o aeroporto sem a carona do Josef, era o plano, mas Senna voltou a dizer que ele não iria sair dali. Foi um jogo psicológico para me fazer entender que eu era só um piloto de testes, um reserva. Mais tarde eu entendi que ele trabalhava assim. Sempre quis tirar proveito de tudo ao redor dele, ele sabia pressionar o sistema sem que as pessoas ao redor sentissem quão grande era a pressão", completou.
 
Blundell teve apenas quatro anos como titular na F1 e três pódios conquistados, dois pela Ligier e um pela Tyrrell. Como titular da McLaren em 1995, Mark foi décimo lugar na classificação final.

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