Brawn aponta divergências entre FIA e Ecclestone como empecilho para Pacto de Concórdia

Na contramão do que vinha sendo relatado recentemente, Ross Brawn afirmou que as equipes estão de acordo com os termos do Pacto de Concórdia e que quem precisa se acertar são as outras partes envolvidas: a FIA e o detentor dos direitos comerciais, Bernie Ecclestone

Segundo Ross Brawn, chefe da Mercedes, as equipes estão alinhadas com relação ao novo Pacto de Concórdia da F1, mas o que segue estendendo as negociações são as questões que envolvem a FIA e Bernie Ecclestone, o detentor dos direitos comerciais da categoria. O dirigente disse que embora seja difícil ter todos os times concordando entre si, não há nenhuma grande discordância entre si.

O Pacto de Concórdia é o contrato que estabelece as relações entre FIA, Ecclestone e as equipes nos assuntos que dizem respeito ao Mundial de F1. O acordo também determina a divisão dos lucros da categoria.

A Mercedes foi uma das últimas equipes a acertar com Bernie Ecclestone os termos do novo Pacto de Concórdia (Foto: Mercedes)

Na última segunda-feira (22), em Paris, uma reunião na sede da FIA foi considerada um avanço pela entidade máxima do automobilismo. Brawn seguiu na mesma linha. “Foi uma reunião mesmo construtiva”, opinou, em entrevista a jornalistas em Buddh, palco do GP da Índia, nesta quinta.

Porém, o dirigente mostrou não estar completamente sintonizado com o que foi sinalizado pela federação em nota no começo da semana ao dizer que a demora para que o novo Pacto de Concórdia seja selado não está relacionada às equipes. “Da perspectiva das equipes, não há nada barrando [o Pacto de Concórdia]. O problema é entre o detentor dos direitos comerciais e a FIA. Eles que precisam discutir os detalhes e resolver quaisquer dificuldades”, afirmou.

Brawn minimizou a demora para todas as assinaturas enfim sejam colocadas no papel. “Não parecia que nós estávamos com problemas grandes. Eu imagino que tenha sido um prazo muito curto”, avaliou o britânico.

Um dos pontos mais citados nas últimas semanas, segundo Brawn, não constitui um empecilho: o preço das inscrições para o Mundial de 2013. “Eu acho que há um amplo acordo em vários pontos, não houve rebelião. O custo das inscrições foi discutudo, e o motivo do aumento foi discutido. No fim, houve um consenso geral sobre o que estamos fazendo”, declarou.

O chefe da Mercedes também falou que nenhuma equipe está impedindo progressos nas negociações. “Você nunca consegue com que todos concordem em tudo, mas eu não notei nenhuma opinião muito contrária”, constatou.

Por fim, Brawn precisou responder sobre a função desempenhada por Niki Lauda na reunião desta semana. O austríaco, que assumiu um cargo diretivo na equipe, foi peça-chave nas negociações entre a Mercedes e Ecclestone para que a esquadra germânica aderisse ao Pacto de Concórdia.

“Niki esteve bastante envolvido no acordo que fechamos com Bernie pelos direitos comerciais, então ele veio para o caso de algo daquilo voltar a ser discutido. Isso não aconteceu, então Niki foi mais um osbervador do que qualquer outra coisa”, explicou.

O prazo para inscrições para o Mundial de 2013 expira em 31 de outubro. O novo Pacto de Concórdia deve ter duração de oito anos, de 2013 até o fim de 2020.

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