Fórmula 1 pretende impor limite de dez equipes no próximo Pacto da Concórdia

O comando da F1 e as atuais equipes do grid buscam um acordo para o próximo Pacto da Concórdia, que terá validade entre 2026 e 2030. A ideia é limitar o campeonato a dez times

A chefia da Fórmula 1 e as equipes já trabalham no novo Pacto da Concórdia, que passará a valer entre 2026 e 2030. O famoso acordo rege o regulamento financeiro, comercial, a distribuição da receita e o compromisso das marcas com o Mundial. E entre os principais temas da discussão atual, está o número de times no grid. Para o novo vínculo, a categoria pretende impor um limite de dez escuderias. A informação é do jornalista Joe Saward.

Os termos atuais do Pacto da Concórdia permitem que a Fórmula 1 tenha um máximo de 12 equipes no grid. Até por isso a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) abriu um processo para avaliação de novos concorrentes no ano passado. A Andretti foi o único nome aprovado pela entidade máxima do esporte, mas o comando da F1 não aceitou a entrada do grupo liderado por Michael Andretti.

Agora, diante do crescimento financeiro da Fórmula 1 e a consequente valorização das atuais equipes, a proposta é impedir a chegada de outros competidores. Atualmente, toda a receita gerada em função dos direitos comerciais é distribuída entre os dez times do grid. Ainda, segundo o contrato atual, um eventual novo concorrente teria de desembolsar uma taxa de US$ 200 milhões, algo em torno de R$1 bilhão. Se não houver um entendimento sobre o número de concorrentes, a previsão é que a esse valor de entrada sofra um substancial aumento.

O grid atual da F1 tem dez equipes (Foto: Reprodução/F1)

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Desde que o Liberty Media comprou a Fórmula 1 em 2017, o plano era transformar as equipes em franquias, algo que acontece em diversas modalidades nos EUA, mas os times se mostraram mais cautelosos, diante de recorrentes problemas financeiros. A pandemia agravou a situação, mas o comando do Mundial soube como reverter o cenário e, hoje, estima-se que o valor do grid se aproxime de £ 1 bilhão (R$ 6 bilhões).

Também de acordo com Saward, outro ponto de discussão diz respeito às estruturas de propriedade das equipes. Há rumores que garantem que a F1 deseja que cada time tenha propriedade independente. Isso se relaciona, principalmente, com a Red Bull, que também é dona da RB. Nos últimos meses, o CEO da McLaren, Zak Brown, tem sido um grande crítico da marca austríaca e entende que o formato é injusto com o restante do grid.

O novo Pacto da Concórdia precisa ser finalizado e assinado por todos antes do fim do próximo ano.

​A Fórmula 1 volta a acelerar entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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