McLaren cita “mudança de contexto” para justificar saída repentina de Sánchez

Andrea Stella defendeu atual modelo de divisão de departamentos adotado pela McLaren e disse que a saída de David Sánchez aconteceu porque "algumas condições mudaram"

Chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella voltou a comentar sobre a saída de David Sánchez, que aconteceu nos primeiros dias de abril após apenas três meses do início da parceria com a equipe de Woking. O italiano elogiou o atual modelo adotado de divisão do departamento técnico e justificou que a saída do ex-diretor aconteceu devido à uma “mudança de contexto” nos objetivos de ambas as partes.

Depois de dez anos trabalhando para a Ferrari como chefe de conceito de veículo, a contratação de Sánchez pelo time laranja-papaia foi anunciada em março de 2023. A adição do engenheiro era vista como um trunfo para o desenvolvimento do MCL38 junto com outros nomes de peso, como, por exemplo, Rob Marshall, antigo diretor de engenharia da Red Bull. Com a saída do francês, a McLaren confirmou que Stella é quem assumirá a função interinamente até que outra nomeação seja confirmada.

Após o início ruim da temporada passada, a escuderia comandada pelo CEO Zak Brown decidiu fazer uma reformulação total em seu departamento técnico. Além de Sánchez e Marshall, Peter Promdromou, da área de aerodinâmica, e Neil Houldey, diretor de engenharia, também foram os demais nomes envolvidos na nova estrutura. Andrea, por sua vez, voltou a elogiar o modelo adotado, mas afirmou que algumas mudanças aconteceram desde as primeiras conversas que teve com David.

“Todos concordamos que o modelo em si é muito bom”, disse Stella. “Estamos muito felizes por termos três diretores: aerodinâmica, engenharia e desempenho, o que funciona muito bem. Mas, ao chegar a um acordo sobre esta configuração, também é preciso ter certeza de que ela atende aos pontos fortes dos envolvidos”, continuou, antes de comentar sobre a decisão de Sánchez.

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David Sánchez deixou a McLaren apenas três meses após início do trabalho (Foto: Ferrari)

“Conversamos com David sobre este assunto e reconhecemos que sua experiência, conhecimento e competência potencialmente se estendem além do que ele tinha em sua função na McLaren”, explicou o dirigente. “No que diz respeito ao modelo, como disse, temos diferentes áreas lideradas por diretores diferentes — estamos felizes e é amplamente reconhecido que funciona bem”, reafirmou.

“Mas houve, definitivamente, algumas mudanças em comparação com as primeiras conversas com David. Houve uma mudança de contexto. E tivemos de verificar se era adequado para David em particular. Portanto, podemos dizer que algumas condições mudaram”, observou Stella.

No entanto, o comandante de Lando Norris e Oscar Piastri acredita que era possível encontrar uma solução para fazer as divergências darem certo, porém, levaria tempo — mas o mesmo, porém, é algo precioso na Fórmula 1.

“Isso não significa que uma solução fosse impossível. Mas o tempo é uma variável que desempenha um papel crucial nisso. Se tivéssemos esperado, poderia ter funcionado. Estou bastante convencido de que teria funcionado”, lamentou Stella.

Ao lado de outros nomes, Sánchez (segundo da esq. para dir.) era peça importante do departamento técnico da McLaren (Foto: Reprodução/Twitter)

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“Mas, como eu disse, o tempo é um componente importante — importante para Sánchez também. Três meses não é muito tempo nas indústrias normais, mas na F1 é”, finalizou o chefe da McLaren.

Fórmula 1 volta entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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