Chefa da Sauber critica postura da Red Bull sobre motores e afirma: “Eles devem viver com o que têm”

Monisha Kaltenborn recordou a história de parceria entre Sauber e a Red Bull, que patrocinou a equipe suíça entre 1995 e 2004, mas ao mesmo tempo criticou a equipe tetracampeã do mundo por ameaçar deixar a F1 se não tiver um motor competitivo em 2016. Para a chefa do time de Hinwil, a Red Bull precisa “saber se virar com o que tem”

A postura da Red Bull sobre ameaçar deixar a F1 caso não tenha um motor competitivo para disputar a temporada 2016 do Mundial começa a irritar outras equipes do grid. A Sauber, por meio de sua comandante, Monisha Kaltenborn, criticou a forma de agir do time dos energéticos.

“Eu acho que eles devem viver com o que têm agora. Nós ficamos muito tempo fazendo isso, então por que eles não podem fazê-lo agora?”, bradou a advogada indo-austríaca durante entrevista à emissora britânica Sky Sports F1.

Monisha Kaltenborn se mostrou irritada com a postura da antiga parceira Red Bull (Foto: Sauber)

Monisha lembrou do tempo em que Sauber e Red Bull foram parceiras. Foram dez anos de união, entre 1995 e 2004, quando a marca de bebidas patrocinou a Sauber, até que Dietrich Mateschitz decidiu comprar a Jaguar e montar sua própria equipe, que depois acabou se tornando tetracampeã mundial entre os anos de 2010 e 2013.

A chefa da Sauber revelou que a relação era melhor no passado e disse que o sucesso da Red Bull a fez distanciar de sua antiga parceira.

“Temos uma longa história com eles, porque nós os colocamos no esporte e depois tivemos uma cooperação de dez anos. Nossa relação era melhor antes, quando éramos sócios, e quando a Red Bull se converteu em princípio numa equipe. Mas mudou muito, talvez seja pelo sucesso, mas diria que a comunicação não é muito grande”, afirmou.

Pat Symonds, diretor-técnico da Williams, endossou as palavras de Kaltenborn e disse que a Red Bull não está conseguindo lidar com a situação da melhor forma.

“Estou de acordo. Devo muito respeito a eles como equipe, conseguiram grandes resultados e trabalharam duro. Agora estão vivendo alguns momentos difíceis, mas espero que saiam disso porque quero batê-los. É uma situação complicada para eles e talvez não estão lidando tão bem quanto poderiam fazê-lo. Tenho certeza de que isso é antagônico para os fãs”, declarou o engenheiro britânico.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.