Chefe da Haas repreende e diz que pilotos rivais usam críticas para “derrubar confiança” de Magnussen
Kevin Magnussen tem recebido críticas por conta de sua abordagem na pista, mas Guenther Steiner, chefe da Haas, garante que não liga para o que os outros pilotos pensam. Para o dirigente, as críticas são apenas uma tentativa de acabar com a confiança do piloto
Guenther Steiner, chefe da Haas, declarou que os rivais de Kevin Magnussen tentam “derrubar a sua confiança” reclamando do seu modo de pilotar durante as provas. Steiner frisou que está muito feliz em ver o trabalho do dinamarquês em pista, e que as críticas e reclamações no rádio são apenas estratégias para colocar o piloto para baixo.
Magnussen está na sua segunda temporada com a Haas e soma 45 pontos nesta primeira metade do campeonato, quantia que entrega o oitavo lugar no Mundial de Pilotos. Na última prova, no GP da Hungria, em julho deste ano, o #20 terminou em sétimo, encabeçando os pontos para a equipe no fim de semana, que também teve Romain Grosjean pontuando em décimo, marcas valiosas para a busca do quarto lugar na temporada. Ainda assim, Magnussen escuta comentários negativos no paddock.
"Queremos que ele corra e às vezes você tem que incomodar os outros se quiser algo. Ninguém dá nada de graça aqui. As pessoas dizem que ele faz isso de propósito: não. Ele quer fazer uma marca, mas não dirige agressivamente. Ele não diz: 'Eu vou ser agressivo aqui, não sou fácil’. Isso cria mais críticas dos pilotos estabelecidos. 'É esse o cara jovem vindo e querendo me dizer que eu não consigo passar? Eu vou reclamar disso'. Todo mundo joga o jogo aqui e você precisa fazer isso. Eu não estou criticando outros pilotos, eles tentam o seu melhor para bater a confiança dele, mas não conseguem. Muitos já desistiram, porque vêem que não tem sentido, ele não é mais uma tarefa fácil", afirmou ao ‘Autosport’.
Guenther Steiner rebateu críticas de outros pilotos sobre Kevin Magnussen (Foto: Getty Images)
O dinamarquês se envolveu em alguns incidentes, como o confronto com Nico Hülkenberg, no GP da Hungria do ano passado, e no Azerbaijão, neste ano, com Pierre Gasly. Entretanto, suas manobras não resultam em grandes punições por parte dos comissários. Magnussen possui três pontos na carteira – com 12 pontos configurando uma suspensão de corrida – quatro a menos que seu companheiro de equipe, com sete. Também possui menos pontos que Kimi Räikkönen, que registra cinco, Sergey Sirotkin e Gasly, ambos com quatro.
“Eu tenho grande respeito, mas realmente não me importo com o que eles pensam. O que mais importa para mim é extrair o máximo de mim mesmo e fazer o melhor que posso. Se a equipe acha que eu forcei demais, eles vão me avisar. Se os comissários pensarem que eu forcei demais, eles também vão me avisar. Eu baseio minha opinião nisso e tento melhorar assim. Eu não sou perfeito e não acho que sou perfeito. Eu sei que cometo erros e sei que passo do limite às vezes. Mas tenho que encontrar esse equilíbrio em mim mesmo e na minha opinião, e não ser influenciado pelo que os outros pilotos pensam", encerrou.