Coluna Apex, por Andre Jung: Dona culpa ficou solteira

Para muitos, Sebastian Vettel foi o culpado: espremeu Max Verstappen para cima de Kimi Räikkönen e o toque dos dois desencadeou o boliche. Não concordo: o alemão não tinha como saber que Kimi estava ali e fez um movimento quase instintivo para dificultar a vida do holandês

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Shit happens. Acredito que o escatológico provérbio anglo-saxão define com precisão o que sucedeu nos primeiros metros do GP de Singapura.
 
Claro, o imenso prejuízo à Ferrari e ao campeonato não poderia ser creditado ao acaso. Imediatamente houve, portanto, uma busca por individualizar a culpa do desastre. Acho que os comissários agiram com sabedoria ao não punir ninguém por considerar acidente de corrida o choque que derrubou quatro protagonistas de uma só vez.
 
Para muitos, porém, Sebastian Vettel foi o culpado: espremeu Max Verstappen para cima de Kimi Räikkönen e o toque dos dois desencadeou o boliche. Não concordo: o alemão não tinha como saber que Kimi estava ali e fez um movimento quase instintivo para dificultar a vida do holandês, evitando que ele tivesse boa tangência na curva 1.
 
No seco já seria difícil perceber que havia mais um carro ao lado do Red Bull. No molhado, bem mais difícil. No molhado à noite, praticamente impossível. Não foi culpa do alemão, de longe o mais prejudicado.
(Ilustração: Marta Oliveira)

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Verstappen largou um pouco melhor que Vettel, mas não o suficiente para concluir uma ultrapassagem. Quando percebeu a rápida aproximação de Raikkonen, teve a mesma reação de Vettel: tentou prejudicar a tomada da primeira curva do ferrarista. Seu movimento não foi brusco, porém ao ir para a esquerda acabou por atrair o alemão para o ‘beco sem saída’.
 
Kimi fez uma largada excelente, com muita tração, achou espaço e acelerou para superar Max – que, assim como Vettel, havia feito uma largada regular. Também há quem considere que ele deveria estar preocupado em fazer o trabalho de equipe e não em se meter naquela disputa como quem precisasse vencer a prova.
 
Do ponto de vista da equipe, nada seria melhor do que ver o finlandês roubar o segundo posto da Red Bull e assim proteger a Ferrari principal dos possíveis arroubos do velocíssimo Verstappen. Kimi sabia que Vettel ia pela direita. À frente havia uma avenida aberta e seu carro acelerava muito bem. O finlandês achou seu espaço e se manteve numa trajetória constante. O problema é que já estava no limite da pista. Quando Max vem para a esquerda e logo em seguida Vettel faz o mesmo, deflagrou-se a sequência que tirou muita graça do campeonato.
 
Lewis Hamilton teve uma sorte imensa. Para começo de história, choveu. Depois, viu-se na improvável liderança nos primeiros metros, e ainda houve o problema no câmbio da Red Bull de Daniel Ricciardo, que acabou impossibilitado de tentar disputar a liderança com o piloto da Mercedes. Mestre no molhado e preciso durante toda a prova, Lewis soube manter uma distância segura sem ser molestado em nenhum momento.
Sebastian Vettel, Max Verstappen e Kimi Räikkönen abandonaram o GP de Singapura ainda na largada (Foto: AFP)

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Com três dos melhores carros fora da corrida, os outros três completaram o pódio sem grandes dificuldades. Até mesmo o decepcionante Valtteri Bottas, que desde sexta-feira brigava para encontrar um acerto que o fizesse mais confiante no cansativo traçado de Singapura, acabou por sentir o gosto do novo champagne que patrocina a F1.
 
Mas vamos ver um pouco do pelotão intermediário. Carlos Sainz, contratado pela Renault, teve o melhor resultado da carreira na F1; Sergio Peréz, livre da proximidade incômoda de Esteban Ocon, voltou a guiar relaxado para chegar em um bom quinto lugar; o despedido Jolyon Palmer conseguiu, ainda que tarde, mostrar porque chegou à F1.
 
Stoffel Vandoorne fez uma prova bem correta, demonstrando que a McLaren tinha até chance de pódio caso Alonso não fosse colhido por Max e Kimi, quando estava para sair da primeira curva em terceiro lugar. O jovem Lance Stroll, nessa corrida longa e difícil, saiu das últimas posições para levar seu carro ao improvável oitavo lugar. Para finalizar a zona de pontos, Romain Grosjeain e Ocon em corridas apagadas.
 
Enquanto isso…
 
…A Williams aguarda a poeira assentar para escolher, entre os diversos candidatos, quem poderá substituir Felipe Massa…
 
…O brasileiro teve oportunidades, mas até aqui os resultados não merecem destaque…
 
…Mal em Singapura, assiste a rápida aproximação do estreante Lance Stroll na outra Williams…
 
'SOLDADINHO' DA PENSKE?

CASTRONEVES TEM FALTA DE TÍTULO COMO MANCHA NA CARREIRA  

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