Consultor reclama e diz que Red Bull tem “dois motores quebrados por culpa da Mercedes”

Nem mesmo nas férias da Fórmula 1 Helmut Marko baixa a guarda na sua batalha verbal contra a Mercedes. O dirigente austríaco acusou a rival de causar à Red Bull um prejuízo estimado em € 3 milhões e pediu mudanças no sistema de punições e também no teto orçamentário

TRÊS PILOTOS DA FÓRMULA 1 QUE DEVERIAM CONSIDERAR A FÓRMULA E (Vídeo: GRANDE PRÊMIO)

O período de férias de verão da Fórmula 1 não tem sido suficiente para esfriar a tensão pelos lados da Red Bull depois dos últimos revezes contra a Mercedes na luta pelo título da Fórmula 1. Helmut Marko, consultor da escuderia de Milton Keynes, ainda não engoliu os incidentes que tiraram Max Verstappen e Sergio Pérez de combate nos GPs da Inglaterra e da Hungria, respectivamente, e apontou a rival como culpada por danos nos motores dos seus dois pilotos.

Em razão do acidente em que esteve envolvido com Lewis Hamilton na primeira volta em Silverstone, Verstappen bateu forte após o contato com a Mercedes do heptacampeão e acertou a barreira de proteção na curva Copse. O motor Honda do seu carro ficou avariado, apresentou uma rachadura e teve de ser trocado no fim de semana do GP da Hungria. Sergio Pérez, por sua vez, foi abalroado pela Mercedes de Valtteri Bottas na largada em Hungaroring. A unidade motriz instalada no carro #11 também ficou danificada.

Com a previsão de a Fórmula 1 realizar mais 12 etapas na temporada 2021, é quase impossível que um carro complete tal quantidade de GPs com uma mesma unidade motriz, sendo necessária assim pelo menos uma troca, o que implicaria uma punição com a perda de dez posições no grid de largada.

Irritado, Christian Horner, chefe da Red Bull, rejeitou o pedido de desculpas de Toto Wolff, comandante da Mercedes, e reclamou dos custos que terá de arcar com os danos: “Ele vai pagar a conta?”.

AFP
Helmut Marko apontou a Mercedes como culpada por quebrar dois motores da Red Bull em dois GPs (Foto: Reprodução)

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O austríaco aproveitou o período de pausa nas atividades da Fórmula 1 para falar ao site alemão Motorsport-Magazin. E, bem ao seu estilo, aproveitou para disparar a metralhadora verbal contra a Mercedes. O dirigente também defendeu mudanças no sistema de punição aplicada aos pilotos e também alterações no teto orçamentário em razão do alegado prejuízo de cerca de € 3 milhões (ou R$ 18,5 milhões na cotação atual).

“Até as duas últimas corridas, a primeira metade da temporada foi positiva. Depois, tudo se juntou de uma forma negativa. Como resultado, temos de perguntar se o sistema de punição se justifica depois dos erros da Mercedes. Talvez deveria haver patamares diferentes [de punições]”, sugeriu o ex-piloto, que fez menção a duas punições ocorridas na Hungria.

“Puniram Antonio Giovinazzi com um stop-and-go por ultrapassar a velocidade máxima do pit-lane e desclassificaram Sebastian Vettel por não ter combustível suficiente no tanque, em que pese os 0,3L que tinha no tanque, o que seria suficiente para fazer uma análise”, salientou.

“Por outro lado, temos dois motores quebrados por culpa dos pilotos da Mercedes e isso sugere um golpe financeiro duro. Temos € 3 milhões em danos, e essa é uma quantia que não podemos buscar de forma simples”, bradou Marko.

Preocupado sobre como os danos no motor podem impactar a luta da Red Bull contra a Mercedes pelo título deste ano, Marko clamou por mudanças.

“Essas coisas podem ser um fator decisivo na luta pelo título. Por isso precisamos encarar isso de forma diferente e decidir se os pilotos que causaram os acidentes foram imprudentes e se há algo a reparar. Por exemplo: que esses danos não entrem na conta do teto orçamentário ou que possamos usar algum tipo de coringa”, concluiu o consultor da equipe tetracampeã do mundo.

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