Diretor explica fraco início de ano e diz que Ferrari cometeu "erros fundamentais" no projeto da F2012

Fry falou sobre os dados incorretos do túnel de vento da Ferrari  (Foto: Ferrari)

"Faltou tempo para corrigir os problemas antes do início do campeonato, em Melbourne. Nossa primeira grande atualização foi em Barcelona. A maioria de nossos erros esteve ligada à parte aerodinâmica e tivemos de compreendê-los antes de resolver os problemas, por isso o carro não funcionava como gostaríamos", acrescentou.

Com as equipes incapazes de testar os carros no tamanho real, os dados retirados do túnel de vento nem sempre correspondem ao que se vê na pista. Porém, no caso da Ferrari, ainda segundo Fry, essa diferença foi ainda maior em 2012, por conta de falhas no equipamento. "A correlação entre o túnel vento e a pista sempre será um quente", disse.

"Todo mundo tem seus problemas de correlação, mas os nossos problemas eram ainda maiores. Quanto maiores forem as variáveis, maior também é chance de se perder. O tempo de uso do túnel de vento é limitado devido às restrições de recursos, e se você obtém resultados de dois canais diferentes, tornar-se cada vez mais difícil entender as informações e interpretar os resultados", explicou.

Os problemas da Ferrari com o túnel de vento remontam a 2009, quando a equipe detectou uma pequena falha e acabou por demitir responsável na época, o inglês John Iley. Em outubro passado, o presidente do time, Luca di Montezemo, confirmou o fim das atividades da equipe no túnel a fim de fazer "verificações na calibragem". Para a temporada 2012, a esquadra vermelha vai usar o túnel de vento da Toyota, localizado na sede da montadora, em Colônia, na Alemanha.