Ecclestone acredita que acionista majoritária não vai abandonar F1 porque “não precisa e nem quer vender ações”

Grupo CVC tem a possibilidade de abrir mão de suas ações no fim de julho. Mas, segundo Bernie Ecclestone, a acionista majoritária não o fará, como se especulava anteriormente, por acreditar no potencial da F1.

O dia 29 de julho deste ano será importante para o automobilismo. Mas não será por causa de algum GP ou anúncio qualquer. Nesta data, a CVC, acionista majoritária da F1, pode abrir mão de suas ações da categoria. Bernie Ecclestone, todavia, mostrou confiança na permanência do grupo nos negócios relacionados à marca.
 
A relação entre a CVC e a F1 já dura bons anos. A venda de ações foi concretizada em 29 de julho de 2005. O acordo prevê que a o grupo, agora acionista majoritário, ficaria em posse das ações por dez anos. O contrato tem a opção de ser renovado por três vezes, sempre por apenas um ano.
 
O acordo inicial, portanto, se encerra em 29 de julho de 2015. Imaginava-se que a crise atual da F1 – que conta com grids pequenos, desequilíbro financeiro e desinteresse do público jovem – levariam a CVC à venda de sua porcentagem a um terceiro. Todavia, Bernie acredita que o grupo não tem interesse em se desfazer de sua parcela – a princípio.
Bernie Ecclestone vê a F1 passar por dias decisivos (Foto: Getty Images)
"O ponto é que eles não querem vender. Isso é o importante. Eles não precisam e não querem vender, então não sei o que eles farão", disse.
 
Mesmo acreditando que a CVC não venderá ações, Ecclestone não duvida de uma mudança no cenário atual.
 
"O negócio dessas pessoas é vender e comprar companhias. Suponho que, se alguém aparecer com um cheque grande o suficiente, eles venderiam. Quem sabe se eu não poderia ser um dos compradores?", analisou.
 
Os 35% que a CVC detém valem em torno de R$ 13 bilhões, de acordo com números levantados em 2013.
Bernie Ecclestone acredita que CVC não sairá da F1 (Foto: Getty Images)
Os números são interessantes, e o negócio, também. Mas para seguir como acionista majoritária, não basta querer. A CVC só poderá continuar na sua posição atual se a maioria dos investidores concordar com sua permanência – o que Bernie acredita que acontecerá.
 
Passando por momentos difíceis, muitos acreditam que a F1 não sabe aproveitar seu próprio potencial. A marca não explora com sucesso a venda de seus produtos, nem se esforçar para atrair um público mais jovem. A permanência da CVC significaria, de certa forma, que o grupo acredita na reversão desse quadro.
O REI DAS PISTAS

A chuva veio forte durante a classificação e fez a direção de prova interromper o treino antes do Q3. Mas se a pista molhada podia embaralhar as ações, Lewis Hamilton tratou de mostrar quem é que manda na F1. O inglês fez a pole, mas viu uma perigosa aproximação da Ferrari, com Sebastian Vettel batendo Nico Rosberg no fim. Felipe Massa será o sétimo do grid, enquanto o xará Felipe Nasr vai sair apenas de 16º no GP da Malásia.

McNARDI

Reestreando pela McLaren neste fim de semana, Fernando Alonso tem motivos para comparar o carro preto e prata que dirige em 2015 àquele que guiou pela Minardi em 2001. E não é nem que a sua memória está afetada pelo acidente sofrido nos testes de pré-temporada da F1 em Barcelona, há 26 dias. Quem comprova isso é o cronômetro. Com a Minardi, em 2001, o novato Alonso se classificou em 22º e último lugar para o GP da Malásia. Seu tempo: 1min40s239. Melhor que o feito na classificação com a McLaren…

O DIFERENCIAL

Felipe Nasr não conseguiu ter o mesmo rendimento de Marcus Ericsson durante o Q1 do treino de classificação para o GP da Malásia, dificultado por um problema no diferencial. Tentando sair do buraco da eliminação inicial, Nasr errou na última volta que fez, ficando de fora do treino junto com as McLaren e as Manor. Ainda assim, Felipe crê que, saindo em 16º, pode se recuperar na corrida deste domingo em Sepang e conseguir mais pontos no campeonato.

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