Jordan revela que ofereceu 50% da equipe a Senna: “Único piloto que considerei”

Eddie Jordan ofereceu 50% da equipe de graça para Ayrton Senna com condição que o brasileiro pilotasse por dois anos e assumisse as finanças. Empresário diz que tricampeão foi o único que considerou fazer sociedade

A morte de Ayrton Senna completará 30 anos no próximo 1 de maio. Muito se pergunta sobre o que seria o futuro do tricampeão mundial se não fosse o acidente fatal no GP de San Marino, e um novo cenário foi revelado: Eddie Jordan, antigo dono da Jordan Grand Prix, revelou que ofereceu a possibilidade do brasileiro ser dono da equipe.

Em entrevista ao site italiano Formula Passion, Eddie revelou que Senna foi o único piloto que cogitou entrar em negócios. O empresário irlandês comandou a equipe entre 1991 e 2005, até vender para o grupo russo Midland, que tomou o nome da esquadra por apenas uma temporada. Em 2007, o time ganhou a administração holandesa da Spyker, que também durou apenas um ano.

Já em 2008, o empresário indiano Vijay Maliya comprou o time e o rebatizou como Force India, virando uma tradicional equipe do meio de pelotão da Fórmula 1, até a eventual falência. O empresário canadense Lawrence Stroll viu a chance de adquirir a estrutura, transformando a esquadra em Racing Point e eventualmente Aston Martin após se tornar acionista da marca de carros de luxo.

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A Jordan em 1994, com Rubens Barrichello (Foto: LAT images)

“O único piloto que pensei em entrar nos negócios foi Senna. Nunca perdi contato com ele, era o tipo de pessoa que sempre sabia o que estava fazendo. Minha esposa e eu sempre dissemos ao outro que não deveríamos ter sócios, porque eles só causavam problemas. Ayrton era diferente: fui a ele, que estava claramente infeliz com o jeito que as coisas aconteciam em alguns times. Finalmente disse a ele: ‘Veja, por que você não considera a chance de ser dono e gerente de um time, no meu lugar?'”, revelou Eddie.

Segundo o antigo mandatário, a proposta era de que Ayrton assumisse 50% das ações da equipe de graça, mas pilotando e arrecadando dinheiro para o time. Tricampeão mundial, Senna deixou a McLaren ao fim de 1993 e se transferiu para a Williams, então bicampeã mundial de Pilotos e Construtores. Porém, faleceu em um acidente no GP de San Marino de 1994.

“Ofereci 50% da Jordan de graça, o que era uma oferta impressionante, mas na condição de que ele deveria pilotar pelos próximos dois anos e trazer dinheiro para financiar este período. Em 1994, no começo do ano, nos encontramos discutindo este tópico. Todos sabem o que aconteceu com ele na Williams. Foi muito triste. Teria acontecido? Não sabemos. Mas estávamos perto de um acordo sobre números, estrutura e quem faria o que”, completou Eddie.

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