Alonso admite que dificuldade em ultrapassar segue com novos carros: “Não é tão fácil”

Alonso apontou que desgaste nos pneus continua como fator determinante para conquista de posições na pista, mesmo com mudança radical nos carros

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Além da expectativa pelo início da temporada, o GP do Bahrein também gerou uma curiosidade sobre a eficiência dos novos carros durante perseguições e qual era o nível de facilidade para obter ultrapassagens. Mesmo com disputas acirradas – com destaque para o duelo entre Charles Leclerc e Max Verstappen pela liderança -, Fernando Alonso avaliou que o visual aerodinâmico “mais limpo” não promoveu um ganho significativo na conquista por posições na pista bareinita.

Depois de comemorar o oitavo lugar conquistado na classificação, o espanhol da Alpine enfrentou dificuldades com o desgaste dos pneus e, mesmo com abandono de Verstappen e Sergio Pérez, da Red Bull, terminou apenas na nona colocação – atrás do seu companheiro de equipe, Esteban Ocon, que cruzou a linha de chegada em sétimo lugar.

Entre as dificuldades encontradas no circuito de Sakhir, Alonso destacou a busca pela ultrapassagem. Segundo o espanhol, os novos carros não apresentaram facilidade no quesito. “Seguir foi definitivamente mais fácil. Já vimos no teste que era mais fácil seguir os carros, mas ultrapassar ainda não é tão fácil quanto parece na TV”, afirmou em entrevista à revista inglesa Autosport. “Todas as ultrapassagens que vimos foram porque um carro tinha dois segundos a mais de ritmo com pneus mais novos do que outros”, acrescentou.

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Fernando Alonso foi nono no Bahrein (Foto: Alpine)

Diante de uma pista mais abrasiva, Alonso reiterou que o cuidado com a preservação dos pneus ainda é um aspecto essencial na obtenção do maior número de ultrapassagens na F1. “Acho que o pneu ainda é o fator determinante. Precisamos esperar por mais corridas”, avaliou o segundo piloto que mais fez ultrapassagens na temporada 2021, com 128 posições conquistadas em 21 corridas.

Pilotos que apresentaram ritmos de corrida distintos, como George Russell, da Mercedes, que terminou em quarto lugar, e Lando Norris, da McLaren, que finalizou em 14º, também destacaram que, além dos desgaste dos pneus no circuito de Sakhir, o maior peso dos carros – hoje entre 40 e 50kg mais pesados em comparação com o ano passado – também influenciaram na dificuldade do ganho de posições na pista.

“O Bahrein é sempre difícil por causa da superfície [da pista] e os pneus não parecem ser melhores em relação ao ano passado, porque ainda estamos escorregando bastante”, iniciou Russell. “E isso tornou [a ultrapassagem] muito mais difícil com o aumento entre 40 e 50kg no peso do carro. Logo, não é tão agradável de pilotar”, completou.

George Russell ficou em quarto no Bahrein (Foto: Mercedes)

Posicionado no fundo do pelotão durante toda a prova, Norris deu mais detalhes sobre o comportamento do carro na perseguição. “Quando você chegava perto, a traseira deslizava com facilidade e perdia a frente. Os pneus esquentam, você simplesmente cai de um penhasco”, descreveu.

O inglês da McLaren ressaltou que o nível de perda da carga aerodinâmica sofreu uma leve queda em comparação aos carros do ano passado. “Eu diria que é um pouco melhor, mas você ainda perde muito downforce. Talvez, não tanto quanto todos esperavam”, concluiu.

No GP da Arábia Saudita, que acontece no próximo domingo (27), a partir das 14h, a eficiência dos novos carros em ultrapassagem será colocada novamente à prova na F1.

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