FIA estuda reduzir avisos de bandeira preta e laranja e jogar responsabilidade para equipes

Graças a repercussão do caso Alonso em Austin, a FIA quer passar para as equipes a decisão de manter seus carros na pista após danos no carro. O presidente Mohammed Ben Sulayem, assim, pediu uma revisão sobre o uso do instrumento nas próximas corridas

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pensa em reduzir os avisos de bandeira preta e laranja durante as corridas de Fórmula 1. De acordo com apuração do site britânico Motorsport.com, a organização pretende jogar para as equipes assumirem a responsabilidade de que seus carros continuem operando de maneira segura, mesmo depois de sofrer danos em acidentes.

Tudo por conta da repercussão do uso do instrumento durante o GP dos Estados Unidos, na última semana, quando a Haas protestou contra Sergio Pérez, da Red Bull, e Fernando Alonso, da Alpine, que, em sua visão, terminaram a corrida com os carros avariados e, assim, violaram as regras de segurança. A FIA, em um primeiro momento, retirou os pontos do bicampeão espanhol na corrida mas, na sexta-feira, anunciou a revogação da punição, devolvendo o sétimo lugar conquistado por ele.

O protesto enviado pela equipe de Guenther Steiner também foi motivado pela punição tripla sofrida pelo dinamarquês Kevin Magnussen, nas corridas do Canadá, Hungria e Singapura, quando o piloto sofreu danos na asa dianteira em cada uma dessas provas e deixaram a peça solta, o que foi analisado e punido pela FIA. A Haas não gostou nada do tratamento diferenciado recebido pelos taurinos em Austin, ainda mais quando viu que seu pedido foi negado, afinal, a Red Bull forneceu fotos que comprovavam que o dano na placa não estava se movendo de forma insegura.

Bandeira preta e laranja gerou controvérsia graças a incidente de Alonso com Stroll nos EUA (Foto: Reprodução/F1)

Assim que a punição de Alonso foi anulada, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, pediu uma revisão sobre o uso futuro da bandeira preta e laranja e, de acordo com a publicação, a medida teve aprovação unânime entre as equipes. Porém, a controvérsia está no fato em que Magnussen foi julgado ao pé da letra da regra no código esportivo da Federação, o que não foi visto na análise da infração do espanhol da Alpine.

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“A bandeira deve ser usada para informar ao piloto que seu carro tem problemas mecânicos que podem colocar em risco a si ou a outros, e ele deve entrar no box na volta seguinte. Assim que as avariações forem corrigidas, ele pode voltar à corrida”, diz a íntegra da regra. O uso da bandeira preta e laranja foi discutido em um encontros entre os chefes de equipe antes do TL1 para o GP da Cidade do México nesta sexta-feira (28). Agora, a discussão passa por como será o uso do instrumento para as próximas corridas, com a orientação para os comissários menos inclinados a darem o aviso automaticamente.

E isso pode vir a ser um problema, afinal, a falta de avisos significa que os pilotos podem estar correndo sem saber dos danos ao carro e, com isso, a incumbência passa a ser novamente dos comissários de pista para obrigá-los a parar, reparar e garantir a segurança. Mais do que isso, esse tipo de abordagem se torna interpretativa, afinal, carros danificados como o de Alonso no incidente com Lance Stroll podem seguir normalmente, com os adversários inclinados a ir no limite da regra.

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