FIA estuda reduzir prazo de pedido de revisão para 4 dias e taxar equipes em R$ 31 mil
Hoje, as equipes têm até 14 dias para acionar o direito de revisão de algum GP após a referida corrida, mas a FIA quer diminuir o prazo para até 96 horas. A informação é da Autosport
O pedido de revisão de resultados após o término das corridas vai passar por alguns ajustes quanto ao prazo em 2024. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estuda reduzir de 14 dias para quatro (ou 96 horas) o período máximo para que uma equipe entre com a solicitação de revisão junto à entidade. Além disso, uma taxa de € 6 mil (cerca de R$ 31 mil) será cobrada.
A informação é do site da revista inglesa Autosport desta segunda-feira (13). De acordo com a publicação, a mudança foi discutida antes do recente pedido feito pela Haas em relação às infrações aos limites de pista cometidas por alguns pilotos durante o GP dos Estados Unidos.
Na ocasião, a equipe chefiada por Guenther Steiner acusou Logan Sargeant, Alexander Albon, Lance Stroll e Sergio Pérez de terem passado da conta inúmeras vezes ao longo das 57 voltas da prova em Austin. No caso do mexicano da Red Bull, a Haas alegava um total de nada menos que 22 punições que deveriam ter sido aplicadas.
A FIA acatou o pedido de revisão, mas rejeitou o recurso por não ter visto “nenhum novo elemento”, mantendo o desfecho da corrida americana. Esta, aliás, não foi a primeira contestação de resultado da temporada 2023. Antes, Aston Martin (Arábia Saudita), Ferrari (Austrália) e McLaren (Áustria) também acionaram o direito de revisão — no caso do time de Lawrence Stroll, o pódio de Fernando Alonso foi recuperado.
Acontece que o órgão regulador pretende ajustar tanto o Código Esportivo Internacional quanto o próprio regulamento judicial para 2024. A regra já havia sofrido alteração — de início, não havia prazo para uma equipe pedir direito de revisão. O tempo máximo, depois, foi limitado em 14 dias.
Agora, o plano é diminuir ainda mais: 96 horas após o término do GP (quatro dias), com a possibilidade de uma extensão para 120 horas sob circunstâncias excepcionais. Uma taxa de € 6 mil (R$ 31.430, na cotação atual), equivalente aos custos do recurso, também será introduzida. Esse valor, no caso, só será reembolsado à equipe se o direito de revisão for mantido pelos comissários.
Alterações no funcionamento do sistema também estão na lista. Hoje, as equipes podem apresentar uma notificação de intenção de recurso. Depois, têm 96 horas para decidir se prosseguem ou não de maneira formal.
A questão é que o aviso de intenção de recurso pode suspender a punição. Assim, um piloto poderia receber uma penalização de grid e vê-la negada por meio de uma notificação de intenção de recorrer. A equipe reclamante poderia, então, desistir do processo de apelação. Agora, mesmo que a notificação seja retirada, o assunto será levado ao Tribunal Internacional de Apelação, e a equipe em questão poderá ser punida se for considerado que houve vantagem no processo.
As mudanças aguardam aprovação na Assembleia Geral Anual em dezembro e serão aplicadas a todas as competições chanceladas pela FIA, não apenas à F1.
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