Russell cobra FIA sobre fim de relargadas tardias na Fórmula 1: “Nenhum piloto gosta”

Ainda na esteira do caos que tomou conta do GP da Austrália, George Russell afirmou que a Fórmula 1 deveria extinguir as relargadas paradas após a metade das corridas e apontou os detritos de borracha na pista como causa principal

Diretor da Associação de Pilotos da Fórmula 1, George Russell afirmou que os competidores pedem o fim de relargadas paradas em caso de ativação de uma bandeira vermelha durante os estágios finais das corridas. O pedido vem, principalmente, depois do caos que tomou conta do GP da Austrália, em que diversos carros tiveram problemas para frear na primeira curva. Segundo o britânico, os restos de borracha que ficam situados na parte suja da pista atrapalham bastante a aderência, aumentando consideravelmente a chance de acidentes.

“Acho que todos chegamos a um bom entendimento”, disse Russell ao portal inglês Motorsport. “Acho que ter uma relargada no fim da corrida é desafiador, porque há uma grande quantidade de detritos [de borracha] fora da linha de corrida”, explicou o piloto inglês da Mercedes.

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A caótica relargada do GP da Austrália deixou um rastro de destruição pelo caminho (Foto: F1)

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Além da confusão que o reinício pode gerar devido à sujeira, Russell disse que a relargada parada no fim também oferece uma oportunidade “injusta” para que outros carros se recuperem, já que as distâncias na pista são eliminadas no caso de uma bandeira vermelha — todos os carros retornam ao pit-lane e podem trocar seus pneus, antes de caminharem de volta ao grid. Segundo ele, as relargadas em movimento são uma unanimidade entre os pilotos.

“Isso dá uma oportunidade injusta para os pilotos que estão por dentro, na linha suja, e aumenta a chance de mais caos e injustiça”, reclamou. “Então, vamos ver para onde vamos. Mas acho que nenhum dos 20 pilotos gostaria de largadas paradas com 50% ou 75% das corridas completas”, salientou.

O caos australiano até gerou uma mudança de regra na Fórmula 1 para o GP do Azerbaijão. A partir de agora, o safety-car que conduz os carros de volta ao grid após a bandeira vermelha será retirado com uma antecedência maior, o que promete dar mais tempo aos pilotos para aquecerem seus pneus antes da relargada. Como o GP de Miami não contou com a entrada do carro de segurança, o novo protocolo não foi necessário.

A próxima parada da Fórmula 1 acontece entre os dias 19 e 21 de maio, com o GP da Emília-Romanha, e o GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento.

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