Russell diz que vitória no Brasil levou Mercedes a “caminho equivocado” na F1 2023

George Russell lamentou início de ano decepcionante na F1 e disse acreditar que triunfo em Interlagos contribuiu com altas expectativas da equipe alemã para esta nova temporada

O ano de 2022 marcou o fim da dominância da Mercedes na Fórmula 1. A equipe, que vinha de sete títulos consecutivos do Mundial de Construtores, viu a Red Bull assumir as rédeas da categoria e vencer sem muitos sustos a batalha contra a Ferrari nesta última temporada. Mesmo assim, houve margem para celebrações.

No GP de São Paulo, o penúltimo da campanha, a equipe alemã conquistou sua única vitória do ano, a primeira da carreira de George Russell — com direito, ainda, a uma dobradinha completada por Lewis Hamilton. Russell, porém, acredita que o triunfo em São Paulo pode ter colocado a escuderia em maus lençóis, conforme revelou em entrevista nesta quinta (16), às vésperas do GP da Arábia Saudita.

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“Talvez o Brasil nos tenha levado a um caminho um pouco equivocado, porque nos fez sentir melhores como equipe, como se estivéssemos indo na direção certa. E isso também requer um pouco de análise, pois melhoramos no ano passado. Não há outra forma de ver”, explicou o inglês, que não passou de um decepcionante sétimo lugar no Bahrein. Hamilton foi quinto.

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George Russell conquistou sua primeira vitória na F1 em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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Sem almejar um lugar no pódio, a Mercedes viu as sensações da temporada até aqui, Fernando Alonso e a Aston Martin, conquistarem o terceiro lugar da corrida no deserto. Mesmo contando com o abandono de Charles Leclerc, da Ferrari, por problemas eletrônicos na unidade de potência já no fim da corrida, as Flechas de Prata não conseguiram brigar por um posto no top-3. 

O britânico crê que a vitória possa ter iludido a Mercedes nesta intertemporada, sinalizando um 2023 de voos mais altos do que em 2022. Entretanto, os problemas concretizados na prova de Sakhir jogaram um balde de água fria nas pretensões alemãs.

“Estamos bem seguros das direções que devemos tomar”, garantiu. “Creio que nunca dá para ter 100% de certeza. Porque sim, sou honesto. Depois do Brasil, eu disse: ‘estou 100% seguro de que este é o caminho correto’. E todos vocês da sala provavelmente também acreditaram. Algo mudou durante o inverno, a FIA alterou as regras do solo. Provavelmente, não acertamos da forma que os outros acertaram”, finalizou.

GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Arábia Saudita de Fórmula 1.

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