Grupo acusa Fórmula 1 de normalizar violação de direitos humanos no Bahrein
O Instituto de Direitos e Democracia do Bahrein enviou uma carta a Chase Carey condenando a Fórmula 1 por fazer trabalho que normaliza as atitudes autoritárias do governo local
O Instituto de Direitos Humanos e Democracia do Bahrein escreveu uma carta para Chase Carey, atual chefão da Fórmula 1, para pedir que a categoria não siga sendo cúmplice de violações de direitos humanos no país asiático.
A F1 está no Bahrein para duas corridas em sequência: uma no traçado original, usado desde 2004, e outra no anel externo que estreia neste ano. Na carta da organização intitulada BIRD, o grupo mostra insatisfação com a chegada da categoria ao país e expõe a delicada situação na região.
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“Bahrein se viu foco de protestos populares e as forças de segurança do país cometeram graves abusos de direitos humanos contra os manifestantes”, diz a carta do BIRD divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
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“A Fórmula 1 está realizando um trabalho de relações públicas valioso para o governo do Bahrein e corre o risco de normalizar a violação de direitos humanos no país”, completam os manifestantes.
As violações dos direitos humanos no Bahrein não são novas. Em 2013, às vésperas da etapa da Fórmula 1, o governo local prendeu 20 opositores perto do circuito de Sahkir. Dois anos depois, a Anistia Internacional divulgou relatório com diversos casos de abusos contra manifestantes e ativistas.
Recentemente, a F1 desagradou fãs e pilotos quando anunciou uma corrida na Arábia Saudita para a temporada 2021. A Anistia Internacional disse que o país asiático está usa o esporte para “limpar sua imagem com investidores”.
No fim de semana, Lewis Hamilton criticou a escolha da F1 para correr em locais que possuem problemas com direitos humanos. E a lista é grande, com China, Rússia, Turquia, Bahrein e, agora, Arábia Saudita.
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