Steiner critica ex-chefe e diz que salvou Haas em 2020: “Achei dinheiro e a equipe seguiu”

Demitido da Haas no início do ano, Guenther Steiner disse que respeita a decisão, mas não compreende a atitude da direção. E ainda revelou que foi quem encontrou fundos para tirar o time de uma crise financeira durante a pandemia

Guenther Steiner viu sua vida mudar por completo no dia 10 de janeiro, quando foi demitido pela Haas após oito anos de serviços para a organização. O ex-chefe da equipe de Fórmula 1 segue sua vida longe do esporte, mas aproveita o momento para dar sua visão sobre o fim do relacionamento e tudo que passou dentro do time americano.

Steiner foi substituído por Ayao Komatsu dentro do time. O ex-dirigente afirmou que a decisão foi comunicada em uma ligação com o dono Gene Haas no fim do ano passado e que segue sem compreender após dois meses.

“Foi um grande peso fora dos meus ombros. Não entendo, mas ele [Gene Haas] faz o que quiser. Entendo e respeito isso, mas eu nunca faria isso e essa é minha opinião porque me parece um caminho para lugar nenhum”, afirmou em entrevista ao site RacingNews365.

“No fim, preciso acatar porque ele comanda a equipe, então quem sou para dizer o que ele deve fazer? Faz o que quiser e eu farei o que bem entender, simples assim. A vida é assim e posso viver com minhas escolhas”, acrescentou.

Depois de oito temporadas, Steiner não é mais chefe da Haas (Foto: Haas F1 Team)

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A decisão de ser dispensado do time realmente incomodou Steiner. Na conversa, o dirigente fez questão de ressaltar o quanto ajudou a Haas a se reerguer em momentos de dificulades financeiras, especialmente durante a pandemia ou quando perdeu a verba do piloto russo Nikita Mazepin, demitido às vésperas da temporada 2022.

“Sou bem teimoso e diria que a teimosia manteve a equipe unida. Em 2020, com a pandemia, o Gene obviamente queria encerrar, disse que estava pronto para fechar. Eu disse que se achasse o dinheiro, continuaríamos. Ele concordou, então achei o dinheiro e a equipe seguiu”, pontuou.

“Esse foi o fundo do poço porque estávamos em um momento de fazer ou algo ou desistir, não havia nada no meio. Era preciso ser feito algo e assim aconteceu. Claro, com essa decisão, alguns anos difíceis se seguiram e o time teve uma queda”, seguiu.

“Em 2018, terminamos [o Mundial de Construtores] no quinto lugar, depois oscilamos um pouco em 2019, mas havia outra razão e vocês da mídia sabem, que era o motor. Quando a fonte de dinheiro foi tirada em 2020, voltamos para o começo, talvez até pior. Acho que esse foi o pior momento da equipe”, concluiu.

Fórmula 1 retorna às pistas na semana que vem, de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir. A Haas participa das atividades com os pilotos Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen.

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