GUIA 2025: Tsunoda e Hadjar vivem fases opostas com Lindblad à sombra na Racing Bulls

Enquanto Yuki Tsunoda chega para provável última temporada na Racing Bulls, Isack Hadjar tenta provar seu valor para a Red Bull e, na F2, Arvid Lindblad já surge como realidade

Por mais que a Racing Bulls tente evitar o rótulo de equipe secundária da Red Bull e tome decisões próprias para competir, a definição da dupla de pilotos do time para os próximos anos será uma novela à parte na temporada 2025 da Fórmula 1. Desde a saída de Daniel Ricciardo para a entrada de Liam Lawson como titular, no meio da F1 2024, Yuki Tsunoda assumiu o posto de piloto mais experiente dentro da garagem, mas isso não é, definitivamente, sinônimo de continuidade ou de um projeto a longo prazo em Faenza.

Além do desempenho, a sequência de decisões extra-pista envolvendo, sobretudo, Red Bull e Honda, tornaram a vida do japonês uma incógnita dentro da categoria num futuro próximo. Ninguém esconde que o piloto do #22 vive seus últimos passos na equipe e dificilmente será titular a partir de 2026.

Tsunoda parece estar num beco sem saída, já que a Honda será parceira da Aston Martin a partir do ano que vem e as duas vagas do time de Silverstone estão fechadas pelo menos até 2027. Fernando Alonso e Lance Stroll estão plenamente inseridos no ousado projeto encabeçado por Lawrence Stroll e Adrian Newey, que visa a construção de um carro mais competitivo após a chegada do novo regulamento da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em 2026.

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Yuki Tsunoda não parece ter futuro na F1 a partir de 2026 (Foto: Red Bull Content Pool)

A fala de Koji Watanabe, presidente da divisão de corridas da Honda, deixa claro que a marca já soltou a mão do piloto. “Tsunoda tem um acordo de patrocínio conosco, mas ele é fundamentalmente um piloto independente. Nós apenas o apoiamos como patrocinador. Ele tem de agir sozinho. Ele está agora em seu quinto ano, tem as capacidades e entende bem o mundo da F1. Não há muito mais que possamos fazer por ele”, disse o executivo.

Do outro lado da garagem, o espaço foi dado a Isack Hadjar, que pediu passagem após o vice-campeonato na Fórmula 2 e por provar que é um piloto rápido o bastante para fazer parte do grid. Hoje, o francês não passa de uma promessa em desenvolvimento, mas, se performar acima do esperado, pode fazer sombra a Lawson, caso o neozelandês não aproveite a oportunidade de ser o segundo piloto da Red Bull nas próximas temporadas.

Hadjar enfrenta dilema com o próprio temperamento e evoluir neste aspecto, assim como aconteceu com Tsunoda lá atrás, será fundamental para que cresça e se mostre preparado para um passo adiante no futuro — claro, sempre olhando para a cobiçada vaga como titular do time dos energéticos

A Red Bull teve em Sergio Pérez um fiel escudeiro de Max Verstappen entre 2021 e 2024, mas, após a queda vertiginosa de performance e a demissão do mexicano, ainda parece buscar um piloto que agarre a vaga e a coloque debaixo do braço. É um assento ainda sem um nome definido, aguardando a chegada de alguém que prove ser bom o bastante para deixar de ser questionado.

Arvid Lindblad está na lista de espera da F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

Mas existe, ainda, um elemento surpresa que deve chegar com o pé na porta na Racing Bulls: Arvid Lindblad. Membro da academia de pilotos da Red Bull e confirmado para a temporada 2025 da Fórmula 2 com a Campos, o britânico de 17 anos venceu o título da Fórmula Regional Oceania [FROCA], obteve os pontos suficientes para a superlicença na F1 e já participou de testes com a equipe de Faenza em Ímola no mês passado.

Lindblad é considerado um ativo valioso dentro da Red Bull e, com a invasão de novatos no grid, é mais um nome que, mais cedo ou mais tarde, terá a oportunidade de mostrar seus pontos fortes em um carro de F1, principalmente com a iminente saída de Tsunoda. Não é mais questão de ‘se’, e sim de ‘quando’ Arvid terá a sua oportunidade.

Olhando para a temporada 2025, a Racing Bulls precisa ser mais time do que demonstrou em 2024. A escolha por Ricciardo foi precipitada e não deu aos italianos o desempenho que queriam. A equipe andou atrás da Haas durante toda a temporada e, nas últimas corridas, viu a Alpine escalar a tabela de pontos e concluir o Mundial de Construtores em sexto.

O resultado da Racing Bulls foi um amargo oitavo lugar, superando apenas a confusa Williams e a péssima Sauber na classificação. É preciso mais. E é preciso para agora.

Fórmula 1 abre a temporada 2025 entre os dias 13 e 16 de março, no GP da Austrália, em Melbourne. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO E EM TEMPO REAL. O TL1 está marcado para a noite ainda da quinta-feira (13), a partir das 22h30. O TL2 começa já depois da 0h e, portanto, na madrugada da sexta-feira (14), às 2h. Depois, a situação se repete com o TL3 realizado às 22h30 da sexta-feira, enquanto a classificação define o grid de largada começando às 2h do sábado (15). Por fim, a largada está marcada para a 1h do domingo (16). Tanto classificação quanto corrida terão transmissão do GP em SEGUNDA TELA no YouTube, em parceria com a Voz do Esporte. O Briefing chega para comentar na GPTV após o fim de cada dia de atividades.

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