Haas veste VF-24 mais de preto e vermelho para temporada 2024 da Fórmula 1
Lanterninha da F1 2023, a Haas abre os trabalhos da temporada 2024 com o primeiro lançamento de carro do ano, o VF-24
A Haas saltou na frente das rivais e abriu a temporada de lançamentos dos carros da F1 2024. Nesta sexta-feira (2), o time americano mostrou ao mundo o VF-24, bólido que tenta tirar a equipe do fundo do grid da categoria.
De cara, o que mais chama a atenção é a predominância do preto comparada à pintura do ano passado — na verdade, a ausência dela, uma vez que o preto nada mais é do que a fibra de carbono, uma tendência que tem sido vista no grid da F1 por conta da necessidade de redução de peso.
A lateral do carro, contudo, traz linhas mais arredondadas na região do sidepod, similares ao que passou a ser frequente nas atualizações das demais equipes. Gene Haas, proprietário da equipe, ser disse “ansioso para ver o VF-24 acelerando”.
“É um sentimento que sei que compartilho com nossos parceiros e a equipe toda. Com Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen, temos uma grande dupla de pilotos no comando. A experiência deles vai se provar novamente, e vamos desenvolver nosso projeto ao longo do ano. Aproveitamos a pós-temporada para colocar tudo no devido lugar e melhorar a performance como um todo. Em breve, veremos onde estamos”, acrescentou.

Chefe da Haas em 2024, Ayao Komatsu salientou que o time está com os pés no chão. “Estamos realistas com nossas expectativas para o VF-24 no início, mas apresentar o carro ainda é um momento empolgante em qualquer temporada da F1. Temos muito trabalho pela frente para evoluir e melhorar a performance, mas todo mundo está muito motivado para colocar o VF-24 na pista. Sei que vamos aproveitar nosso tempo no Bahrein. Por fim, mal posso esperar para o início da temporada”, concluiu.
A Haas seguiu a tônica do resto do pelotão e manteve a mesma dupla de pilotos para 2024. Assim, pelo segundo ano seguido, o time americano conta com os veteranos Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen. Enquanto Nico parte para a segunda temporada com a Haas, Kevin vai para a sétima, em nove anos de existência da equipe. Na reserva, o brasileiro Pietro Fittipaldi divide a função com o jovem Oliver Bearman, protegido da Ferrari.
Magnussen estava presente, inclusive, naquela que foi, de forma disparada, a melhor campanha da história da Haas na F1: em 2018, a equipe marcou 93 pontos e ficou na quinta colocação do Mundial de Construtores. Nos outros anos todos, jamais foi além da oitava posição.
Acontece que o resultado de 2023 foi ruim até para os padrões já complicados do time. Apenas pela segunda vez, a Haas se viu na lanterna do Mundial, repetindo o que havia acontecido em 2021, com Mick Schumacher e Nikita Mazepin. No ano passado, apesar de 12 pontos marcados, o time não conseguiu chegar na pontuação das também combalidas Alfa Romeo, AlphaTauri e Williams.
Apesar da manutenção dos pilotos, a Haas passou por uma mudança que sacudiu as estruturas: Steiner, chefe do time desde sempre, foi trocado por Komatsu, que desde 2016 atuava como diretor de engenharia nas operações de pista do time. O japonês, que chegou à F1 em 2003, nunca esteve antes no cargo de chefia.

A saída de Steiner, aliás, foi um dos grandes momentos não só da Haas, mas de todo o período que a F1 teve do fim da temporada 2023 ao início dos lançamentos dos carros. Isso porque o fim do vínculo foi conturbado e escancarou problemas sérios entre Guenther e Gene Haas.
“A F1 mudou muito e vimos durante a covid-19 como ela cresceu e ficou diferente com o teto orçamentário e na forma como usamos nossos recursos. Se você olhar para todas as outras equipes, elas já estavam se preparando, esse processo não começou agora. Começaram a se organizar há três anos, alguns no ano passado. Não conheço os planos de Gene Haas para o futuro. Ele não os compartilhou comigo. A propósito, ele não precisa. Na verdade, não estou mais interessado nisso”, declarou Steiner pouco depois de ver Gene dar declarações fortes para justificar a demissão.
“Estou envergonhado que não pudemos fazer melhor, mas, daqui para frente, quero tirar vantagem do bom equipamento da Ferrari que muitos outros times não têm. Estamos no oitavo ano, mais de 160 corridas e nunca tivemos um pódio. Nos últimos anos, fomos nono ou décimo. Não vou sentar aqui dizendo que é culpa do Guenther ou algo assim, mas parece que era a hora apropriada para tentar uma mudança e uma direção diferente, porque não parecia que continuar com o que estávamos fazendo iria funcionar”, afirmou.
Mesmo depois da ruptura, muito dificilmente a Haas vai saber o que é um pódio tão cedo. Assim, com os poucos recursos que tem, ao menos quer deixar a lanterna. E o obstáculo maior para isso, provavelmente, é o desgaste massacrante dos pneus.
“Acho que não entendemos tudo. Entendemos uma parte significativa disso e estamos no caminho, mas só saberemos quando colocarmos o carro na pista e ele conseguir lidar com esse problema”, disse Komatsu.
A temporada de lançamentos de carros está oficialmente aberta. Depois da Haas, já na próxima segunda-feira (5), a Stake Sauber e a Williams colocam para jogo seus novos bólidos. Ainda na semana que vem, Alpine e RB se juntam ao clube.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.
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