A partir deste fim de semana, do GP da Itália, o famoso ‘modo festa’ estará proibido na Fórmula 1. Tal prática é o conjunto de ajustes que aumentam a potência dos motores durante o treino de classificação. E a Mercedes, dona de todas as poles de 2020, foi quem desenvolveu o recurso, fazendo uso já há algumas temporadas. A força extra acaba quase sempre eliminando os adversários da disputa.
A nova diretiva da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), portanto, influencia diretamente Lewis Hamilton. Anteriormente, em Barcelona, o britânico já havia dito que considerava o banimento do ‘modo festa’ como uma “perseguição” à Mercedes. Agora, em Monza, o líder do campeonato “se diverte”.
“A FIA disse que o fim era para que eles pudessem fiscalizar o uso do motor ou algo do gênero. E aí veio a Red Bull e disse que eles é que pediram o banimento. Então, temos aí razões completamente diferentes”, comentou Hamilton, às vésperas da corrida italiana.
Em seguida, o hexacampeão ironizou a situação: “Acho que é um elogio à Mercedes, no fim das contas. Espero que os rapazes da fábrica vejam isso como um elogio ao fantástico trabalho que eles fazem com o motor”, continuou, mostrando que não superou o tema perseguição – tal como Toto Wolff, o chefe da equipe.
“Vamos continuar a trabalhar e melhorar dentro do que nos permitem fazer e vai ser interessante ver o que isso traz ao jogo durante o final de semana”, encerrou o inglês, dono do recorde de poles da Fórmula 1.
Valtteri Bottas, companheiro de Hamilton na Mercedes, entende que a diferença na classificação será pequena, mas que isso pode “melhorar na corrida”.
“E acho que nossa equipe vai tentar maximizar essa situação. Vamos ver como vai ser o final de semana, mas não creio que mude muita coisa. É apenas uma coisa estratégica a menos para se preocupar”, concluiu o finlandês, terceiro colocado no Mundial de Pilotos.