Hamilton diz que criticou não só pilotos por silêncio sobre racismo: foi toda F1

Lewis Hamilton não fez um ataque pessoal aos colegas quando reclamou do silêncio durante protestos antirracistas. O britânico disse criticar “a indústria inteira”, que “precisa fazer mais”

Ainda era maio quando Lewis Hamilton não economizou nas palavras para fazer uma crítica à Fórmula 1 pelo silêncio durante protestos antirracistas nos Estados Unidos. Parecia um ataque exclusivo aos pilotos, que logo fizeram questão de apoiar a causa. Mais de um mês depois, o hexacampeão se explica: era um ataque à comunidade inteira da F1, acusada de ainda não fazer o suficiente para ser mais igualitária.

“No fim das contas, a percepção das pessoas foi de ser um ataque aos pilotos, mas não era”, disse Hamilton em vídeo divulgado pela Mercedes. “Eu estava falando sobre a Fórmula 1 inteira. É algo que eu sei há muito, muito tempo e que ninguém fez nada contra. No mundo atual, nós todos temos uma plataforma para usar nossas vozes. Nós todos temos seguidores, nossas vozes são poderosas. Se você não tenta encorajar as pessoas a entender a situação e o motivo para estarmos nela, isso é frustrante”, seguiu.

Lewis Hamilton em teste promovido pela Mercedes em Silverstone (Foto: Mercedes)
Lewis Hamilton esclareceu suas críticas, voltadas à F1 inteira (Foto: Steve Etherington/Mercedes)

“Pessoas em silêncio é algo que eu vejo há muito tempo, e esse não é o momento de ficar em silêncio. É o momento de espalhar uma mensagem, de se unir. Precisamos de tantas vozes quanto possível para realizar uma mudança. Eu queria chamar todos na nossa indústria. Que eles se responsabilizem, assim como todas as marcas. Eles todos precisam fazer mais. O esporte precisa fazer mais, a FIA precisa fazer mais. Nós todos precisamos fazer mais, esse era o objetivo da mensagem”

O mês de junho, entretanto, foi de maior conscientização no esporte. A F1 lançou a campanha ‘We Race as One’ (corremos juntos, em tradução literal), que tem como objetivo abordar questões sociais. A Mercedes, equipe de Hamilton, aproveitou para ir ainda além: o W11 passa a ser completamente preto, e não mais prata, para enfatizar a luta antirracista. A McLaren e o próprio safety-car também passam a carregar arco-íris, símbolo universal da luta LGBT e também da recente campanha da F1, em suas pinturas.

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