Alesi culpa política na França por ausência do país no calendário da F1: “Sem interesse”

Agora atuando como diretor do circuito de Paul Ricard, Jean Alesi tem como objetivo levar a Fórmula 1 de volta à França. Contudo, o ex-piloto disse que o desinteresse dos governantes pelo automobilismo dificulta o trabalho

O GP da França voltou ao calendário da Fórmula 1 em 2018, tendo como palco o circuito de Paul Ricard, mas encerrou o vínculo com a maior categoria do esporte a motor após a edição de 2022. As corridas realizadas no tradicional autódromo ao longo desses cinco anos nunca encheram os olhos dos fãs, é verdade. No entanto, o ex-piloto Jean Alesi acredita que a ausência de Paul Ricard nos próximos anos não tem relação com a qualidade das provas, mas com a falta de interesse que os políticos do país têm com relação com Mundial.

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“O problema da Fórmula 1 na França não é com o circuito, é com a política. É provavelmente o único GP de F1 que nunca teve um presidente para assisti-lo – exceto em Magny-Cours uma vez, quando [François] Mitterrand compareceu como parte de seu desejo político de que a corrida estivesse lá”, relembrou. “Desde então, nunca mais aconteceu. O problema é a vontade do país”, disse Jean.

Alesi ainda argumentou que nem mesmo o trabalho feito pela Alpine é capaz de sensibilizar o governo, lemrbando que a equipe conta em 2023 com uma dupla 100% francesa, formada por Pierre Gasly e Esteban Ocon. “Com Alpine e Renault, eles estão muito fortes na F1 agora. Mas não é por causa da França, é porque a F1 é muito forte. Ter um GP da França parece bom no calendário da F1, mas se não temos a possibilidade de fazê-lo é porque o país não está interessado no automobilismo”, bradou.

Jean Alesi virou diretor do circuito de Paul Ricard e deseja que a França retorne ao calendário da F1 (Foto: Scuderia Fans)

Há alguns dias Jean assumiu o cargo de diretor do circuito de Paul Ricard, e, agora, uma de suas maiores ambições é fazer o circuito sediar a Fórmula 1 novamente. Mas antes, o gaulês entende que será preciso apoio político. “Se acontecer, se conseguirmos o GP da França de volta, eu seria o homem mais feliz do mundo. Se falar com [Emmanuel] Macron, seria muito mais útil do que fazer lobby com qualquer outra pessoa”, seguiu.

“Claro que parte da minha nova função será enviar uma carta, solicitar uma reunião com o presidente da França, mas não sei se isso vai acontecer”, lamentou o francês.

O GP da França marcou presença no calendário do primeiro campeonato da Fórmula 1, realizado em 1950. Entre idas e vindas, o país ja foi palco de uma etapa do Mundial em 61 oportunidades, com a última edição acontecendo em julho de 2022.

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