Hamilton aceita relatório da FIA sobre Abu Dhabi: “Não esperava um pedido de desculpas”

O relatório da FIA sobre os eventos finais do GP de Abu Dhabi de 2021, no qual Lewis Hamilton perdeu o título mundial para Max Verstappen na última volta, continua rendendo comentários. Divulgado justamente no final de semana de estreia do campeonato de 2022, a investigação recebeu pouca atenção da mídia — já focada na abertura da competição. Lewis Hamilton, entretanto, disse que ainda vai ler o comunicado, mas adiantou nunca ter esperado por uma desculpa pública da entidade.

“Eu vou ler depois do final de semana”, disse Hamilton. “Eu não estava esperando uma desculpa e não é algo em que estou realmente focado. Sabemos que é desse jeito e que isso provavelmente não iria acontecer. O fato é que pelo menos há transparência ao admitir que foi um erro humano, acho que isso é um passo positivo. Não podemos voltar atrás, infelizmente, para mudar o passado”, lamentou.

No relatório divulgado pela Federação Internacional de Automobilismo, foi reconhecido um “erro humano” na última prova do ano passado, quando Michael Masi deixou de seguir o regulamento para possibilitar um final mais emocionante — ao permitir que apenas os retardatários que estivessem entre os líderes ultrapassagem o carro de segurança.

No entanto, o mesmo comunicado afirma que, apesar do erro do australiano, as decisões foram tomadas de “boa fé”. Assim, Hamilton prefere focar seus esforços na disputa do campeonato deste ano, no qual a Mercedes vai precisar correr atrás de um prejuízo que não teve nos últimos anos da Fórmula 1.

“Então, apenas trabalho em focar em fazer o que puder agora, e tentar moldar o futuro trabalhando com essa equipe [Mercedes]”, prosseguiu o heptacampeão mundial. “E tentar colocar esse carro na janela [de tempos]. Temos bastante trabalho a fazer”, ressaltou.

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Chefe da Mercedes, Toto Wolff seguiu na mesma linha de seu piloto. Para o austríaco, o relatório da FIA não muda em nada de forma prática, mas ajuda a fazer com que a equipe supere o fato ao admitir que houve um erro de fato na tomada de decisão.

“Se o relatório está completo ou não, se é forte ou fraco, acho que revelá-lo é um grande passo à frente em termos de governança”, disse Wolff. “Acho que para nós, pelo menos aparece a parte em que se fala de ‘erro humano’, e o reconhecimento disso é muito importante para fecharmos esse capítulo”, afirmou.

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