Hamilton retoma redes sociais quase 2 meses após derrota na F1: “Estou de volta”

Depois da dura derrota no GP de Abu Dhabi, Lewis Hamilton decidiu dar um tempo nas redes sociais e se fechou. Quase dois meses depois, o heptacampeão lançou post em seus perfis: "Eu fui. Agora estou de volta!"

Foram quase dois meses de silêncio em meio a uma série de discussões sobre os acontecimentos da parte final do último campeonato. Lewis Hamilton enfim voltou às redes sociais neste sábado (5). O heptacampeão de 37 anos decidiu dar um tempo depois da dura derrota sofrida no GP de Abu Dhabi do ano passado, quando perdeu o título mundial para Max Verstappen na última volta da corrida derradeira da intensa temporada 2021.

“Eu fui. Agora estou de volta!”, escreveu o inglês em seus perfis.

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Logo depois da corrida decisiva, Hamilton deu apenas uma entrevista. A Jenson Button, ainda no parque fechado em Abu Dhabi, Lewis reconheceu a conquista do rival holandês. “Primeiramente, um enorme parabéns ao Max e à equipe dele. Mas acho que nós também fizemos um trabalho incrível em 2021. Minha equipe, o pessoal da fábrica. Todos os homens e mulheres do time que trabalharam tão duro para a gente chegar até aqui. Foi uma temporada muito difícil, muito orgulhoso de todos”, falou ao ex-companheiro de McLaren.

Após a celebração do pódio, Hamilton deixou o circuito e foi visto oficialmente dias mais tarde, na Inglaterra, quando recebeu do Príncipe Charles, de Gales, o título de Cavaleiro da Rainha em cerimônia no Castelo de Windsor. O britânico sequer fez menção à nomeação em suas redes sociais e também não compareceu à festa de premiação da Federação Internacional de Automobilismo. O silêncio foi entendido como uma forma de protesto contra as decisões tomadas pela direção de prova em Abu Dhabi. O chefe da Mercedes, Toto Wolff, também cobrou respostas, colocando em xeque a credibilidade do esporte.

“Lewis, eu e toda a equipe estamos desiludidos. Nós amamos este esporte porque é honesto. O cronômetro nunca mente. Mas se quebrarmos esse princípio fundamental de justiça e se o cronômetro não for mais relevante, então você passa a duvidar do esporte. Que todo o seu trabalho, sangue, suor e lágrimas possam ser tirados de você. Vai levar muito tempo para digerir”, afirmou o dirigente austríaco em entrevista à revista alemã Auto Motor Und Sport.

As declarações de Wolff alimentaram ainda a possibilidade de uma saída de Hamilton da Fórmula 1. Agora, ao que parece, descartada.

TOTO WOLFF; MERCEDES; GP DA ESTÍRIA;
Toto Wolff se mostrou enfurecido com a decião de Michael Masi em Abu Dhabi (Foto: LAT Images/Mercedes)

O QUE ACONTECEU EM ABU DHABI?

Depois de ficar mais de 20 pontos atrás de Max Verstappen na reta final da disputa em 2021, Hamilton desembarcou em Yas Marina empatado em número de pontos com o holandês – que ainda tinha a vantagem nas mãos por ter vencido mais vezes. Ainda assim, o inglês dominou a etapa derradeira e caminhava para a vitória, que lhe daria a oitava taça do mundo. Mas um acidente nas voltas finais mudou todo o cenário.

Nicholas Latifi bateu e provocou a entrada do safety-car. Durante a paralisação, Verstappen, que vinha na segunda colocação, aproveitou para trocar os pneus. A Mercedes, por outro lado, optou por deixar Lewis na pista. Acontece que a direção de prova mudou de ideia quanto aos procedimentos do SC. Em uma primeira mensagem às equipes, determinou que não haveria ultrapassagem para ordenar o pelotão. Mais tarde, decidiu que apenas os retardatários entre o líder Hamilton e Verstappen teriam a autorização para passar, o que não consta no regulamento.

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Com isso, o heptacampeão se viu vulnerável à frente de Max, restando apenas uma volta para o fim da corrida. No reinício, o piloto da Red Bull superou o britânico da Mercedes e garantiu o primeiro título da carreira.

As ações do diretor de prova, Michael Masi, foram questionadas pela Mercedes logo após a bandeirada. A equipe entrou com recurso ainda em Abu Dhabi, mas teve o pedido recusado. Mais tarde, manifestou a intenção de apelar à Corte, mas acabou desistindo, depois que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) se comprometeu em investigar os procedimentos adotados na parte final da corrida em Yas Marina.

O trabalho da entidade que rege o esporte segue firme, mas a conclusão só será revelada às vésperas do GP do Bahrein, que abre a temporada 2022. Enquanto isso, a Mercedes se prepara para o novo campeonato, com o lançamento do W13 em 18 de fevereiro. Hamilton terá como companheiro de equipe o também inglês George Russell.

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