Verstappen brilha intensamente e faz Miami parecer começo do fim para Pérez em 2023

Max Verstappen errou no sábado, foi prejudicado também por uma batida de Charles Leclerc, mas não tomou conhecimento de ninguém no domingo em Miami. A vitória do holandês, do jeito que foi, serviu de duro golpe para Sergio Pérez pensando no título da F1 2023

Na temporada 2022 da F1, Max Verstappen colocou um ponto de exclamação em seu favoritismo diante de Charles Leclerc quando começou a vencer corridas largando no meio do pelotão. Em 2023, com outro adversário, em contexto bem diferente e muito mais cedo, o mesmo pode estar acontecendo depois do que foi visto no GP de Miami.

A verdade é que a atual temporada estava se desenhando esquisita. Por mais que Max fosse o líder do Mundial de Pilotos, Sergio Pérez vinha de dois triunfos em quatro provas e, não só isso: com carinha de imbatível em pistas de rua. A etapa no circuito urbano da Flórida tratou de mudar completamente tais panoramas.

Neste domingo (7), Verstappen abriu 3×2 na contagem de vitórias contra o companheiro na F1 2023, mas a forma como a conquistou é que impactou ainda mais. Não é que simplesmente Max finalmente voltou a derrotar Checo em uma pista de rua, mas fez isso saindo de nono no grid de largado. Enquanto o companheiro era pole.

Max Verstappen atropelou Sergio Pérez em Miami (Foto: Red Bull Content Pool)

Se falávamos no começo da semana passada que Pérez vinha em momento de confiança extrema e que passava a incomodar Verstappen, tirar o holandês da zona de conforto, tudo se inverteu de uma hora para a outra. Em Miami, foi Max quem minou completamente a moral do mexicano. E isso se refletiu em tudo que Pérez falou depois da prova.

“Acho que os médios acabaram muito rápido no começo, isso foi inesperado. Nosso ritmo acabou comprometido, enquanto o Max teve ritmo absurdo de pneus duros. Preciso analisar o que saiu errado hoje porque simplesmente não tive ritmo”, analisou Sergio.

De fato, o ritmo imposto por Verstappen foi qualquer coisa de assustadora. Sim, o de Pérez ficou abaixo do esperado. Isso explica como alguém saindo de nono chegou tão facilmente à frente de quem largou na pole. Com o mesmo carro.

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Sergio Pérez não foi capaz de segurar Max Verstappen em Miami (Foto: AFP)

O grande problema é que isso já promete ser mais tendência do que exceção. No fim das contas, Max é um dos melhores pilotos da história da F1, é alguém capaz de repetir atuações nesse nível surreal. E Checo, infelizmente para o entretenimento da categoria, também é um cara que deve ter mais dias sem se encontrar do que provas em que de fato encare o companheiro de igual para igual.

A atuação de Verstappen em Miami tem toda cara de que vai ditar novos rumos para o campeonato. Afinal de contas, o holandês mandava no fim de semana até um Q3 de outro planeta, totalmente surpreendente, o jogar para nono. E colocar Pérez, perdidinho na etapa, na pole.

No domingo, tudo voltou a ser como era até o Q2: o mexicano seguiu com pouca confiança no traçado da Flórida, o holandês achava atalhos. E foi assim que Max fez lindas manobras e encaixou o melhor ritmo possível para basicamente sacramentar a vitória antes mesmo de colocar os pneus médios. Foi um atropelamento, mesmo saindo oito posições atrás.

E se deve mexer no emocional de Pérez ter um dia ruim em uma pista de rua e ver o companheiro brilhar, o que falar da injeção de confiança que dá para um Verstappen que já começava a duvidar um pouco, hein?

“Sempre me sinto invencível”, reconheceu. “Mas, às vezes, outras pessoas também têm um dia realmente bom e podem se equiparar a você, estar à sua frente. Acho que o importante é tentar estar próximo de 100% de perfeição em todas as vezes. No geral, o fim de semana não foi perfeito, mas é uma longa temporada, então, sempre tento estar o mais perto possível da perfeição”, celebrou o bicampeão.

O GP de Miami tem toda cara de começo do fim da disputa pelo título da F1 2023. A ver se Pérez se agarra ao fato de ter ao menos endurecido a parada dentro da pista quando foi desafiado, mas o ‘efeito empolgação’ de Max pode ser devastador. De novo, o mexicano encara finais nas próximas semanas e vai ter de desencantar em Ímola, em um circuito permanente. Se deixar Verstappen levar mais uma, um abraço e vamos para 2024.

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