McLaren diz que Red Bull “não teve vantagem” na Austrália e vê ponto fraco em pneus macios

Chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella avaliou comportamento dos pneus macios na Austrália e afirmou que Max Verstappen não teria vida fácil, já que a Red Bull sofreu com ritmo de corrida

Embora o abandono precoce de Max Verstappen no GP da Austrália do último fim de semana tenha eliminado as chances do neerlandês alcançar a sua terceira vitória na temporada 2024, parece que, mesmo se tivesse permanecido na disputa, a vida do tricampeão não seria tão fácil assim. De acordo com o chefe de equipe da McLaren, Andrea Stella, a Red Bull sofreu com o desgaste dos pneus e, por isso, não apresentava um ritmo de corrida tão superior em relação às rivais.

A bordo do segundo RB20, Sergio Pérez não conseguiu acompanhar os carros da frente — as duplas da McLaren e Ferrari — e cruzou a linha de chegada apenas na quinta posição, pouco mais de 56s atrás do vencedor da prova, Carlos Sainz. A escolha pela gama mais macia dos pneus feita pela Pirelli realmente trouxe dificuldades para os taurinos, que foram muito superiores na preservação da borracha nas etapas anteriores, realizadas no Bahrein e Arábia Saudita.

“No Bahrein, a Red Bull foi o único carro que utilizou confortavelmente os pneus macios”, disse Stella. “Mas, no Bahrein, não há desgaste algum. De jeito nenhum você vai sofrer com o desgaste porque não há aderência suficiente para tensionar os pneus e esticar a borracha a um ponto em que a borracha gere granulação”, explicou.

“[A Austrália é um] regime completamente diferente em comparação com o Bahrein. Mas ainda assim, eu diria, abordando o assunto do ponto de vista da engenharia: ‘ah, está muito claro o que precisamos fazer no carro para estarmos bem no Bahrein e estarmos bem aqui’ – não é tão simples assim”, disse Andrea.

De acordo com Andrea Stella, o ritmo de Max Verstappen não era tão superior ao das rivais GP (Foto: Red Bull Content Pool)

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“Caso contrário, todos estariam em uma boa situação. É muito difícil”, continuou o dirigente, lembrando que o ritmo de corrida da Red Bull já mostrava não ser tão bom assim já na sexta-feira (22), durante os treinos livres.

“Mesmo [no treino final], quando Verstappen tentou uma simulação de corrida – não foi uma boa simulação. Demos uma olhada nos pneus dele no final do stint e eles desgastaram em cerca de 10-15 voltas. A Red Bull não teve nenhuma vantagem, aparentemente, do ponto de vista do manuseio dos pneus, em uma pista onde os pneus eram muito macios”, avaliou Stella.

O mandatário da McLaren, no entanto, alertou que mesmo em pistas com condições similares às que foram vistas em Melbourne, a situação pode ser diferente, já que o comportamento dos pneus nunca é algo previsível.

“Pode ser que a gente vá para uma pista semelhante e as coisas sejam um pouco diferentes – é um dos problemas que chamaríamos de não linear. Você muda um pouco as condições e a solução muda drasticamente. Isso normalmente é o que acontece com os pneus”, finalizou.

Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 em duas semanas, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.

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