McLaren pede tempo de adaptação, mas vê Piastri como “futura estrela da F1”

Oscar Piastri estreou oficialmente pela McLaren na última terça-feira, nos testes coletivos de pós-temporada da Fórmula 1 em Abu Dhabi. Pouco tempo de casa, é verdade, mas o piloto australiano já impressiona o chefão Zak Brown.

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Segundo o CEO do Grupo McLaren, Piastri será um dos principais nomes do esporte a motor no futuro — ainda que o campeão da F3 e F2 precise de tempo para se adaptar à equipe de Woking e, também, à Fórmula 1.

“Ele foi muito maduro durante todo o processo. É um piloto de 21 anos, com toda a pressão e os holofotes voltados a ele. Não ficou ‘esgotado’, continuou com a cabeça baixa. Colocamos ele para testar nosso carro anterior (na F1), e ele fez um excelente trabalho. Acho que ele será uma futura estrela do esporte”, apontou Brown.

“O que é importante é que ele não pilota há um ano e não temos muitos testes. Queria que tivéssemos mais testes de pré-temporada, não apenas para Oscar, mas sim em geral — porque, efetivamente, ele terá apenas um dia e meio, o que não é muito”, seguiu. “(Piastri) vai ser competitivo e vai fazer Lando se esforçar. Precisamos apenas dar tempo para que ele possa se adaptar ao time. É uma pessoa muito séria, e está pronto para começar”, completou o diretor-executivo.

Piastri enfim pode se concentrar apenas no trabalhos de pista, depois de todo imbróglio envolvendo Alpine e McLaren. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) precisou intervir e, por meio do CRB (Conselho de Reconhecimento de Contratos, em português), determinou que o acordo entre piloto e equipe de Woking era, sim, válido.

Otmar Szafnauer não poupou críticas a Piastri pela polêmica assinatura para 2023. O chefe de equipe da Alpine atacou o australiano, pediu “integridade” e afirmou que o piloto de 21 anos “assinou papel” para defender o time francês — o que, agora, gerou resposta de Zak Brown.

“Os comentários de Otmar sobre Oscar foram muito injustos e não correspondem à realidade, especialmente após o CRB. Agora, sei exatamente o que aconteceu. Penso que precisamos nos lembrar que eles (Alpine) estavam tentando renovar com Fernando Alonso, e depois disseram para Oscar que a vaga era dele, que ele já havia sido anunciado. Oras, isso só aconteceu porque Fernando pegou eles de surpresa”, disparou.

“Oscar teria que esperar outro ano ou, então, ir para um time do fundo do pelotão — e acho que ele cumpriu seu papel, já ficando de fora da F1 por um ano. Toto Wolff liberou Esteban Ocon no passado… até certo ponto, você ‘segura’ o talento, investe nele — mas se não consegue dar algo em troca, não pode impedi-lo. Então, a maneira com que Otmar falou da integridade dele… foi injusto e impreciso, especialmente vindo dele”, completou, por fim, o CEO da McLaren.

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