McLaren repete pintura e lança MCL35M sem novidades para temporada 2021

A McLaren abriu a temporada de lançamentos da temporada 2021 com a MCL35M. O carro nasce com a missão de manter a boa fase da escuderia, vinda de um terceiro lugar no Mundial em 2020

Já chegamos naquela época do ano: a dos lançamentos de carros da Fórmula 1. A McLaren abriu os trabalhos com a MCL35M nesta segunda-feira (15), trazendo um carro que chamou atenção por um motivo não muito agradável: a pintura do bólido de 2021 é essencialmente a mesma do de 2020.

Como o carro também carrega linhas muito parecidas na comparação com o ano anterior, dada a limitação no desenvolvimento de 2020 para 2021, o carro novo é em primeira análise quase uma cópia do antigo, olhando de fora. Uma das poucas mudanças é o contorno em azul na ponta do bico, e não mais somente nas asas.

MCL35M manteve a mesma pintura do ano passado (Foto: Reprodução/YouTube)

O desenho aerodinâmico também remete muito ao visto em 2020, salvo mudanças no desenho dos sidepods e das entradas de ar, reflexo da grande mudança para a McLaren: a troca do fornecedor de motor. Entretanto, é possível que os apêndices aerodinâmicos mudem até a pré-temporada: virou normal para equipes apresentar um carro ainda sem todas as novidades pensadas pela equipe de engenheiros.

“O time inteiro trabalho duro neste inverno curto com nossos colegas da Mercedes para produzir o MCL35M e entregar um carro veloz para nossos pilotos neste ano”, explicou o chefe Andreas Seidl. Não foi um desafio pequeno e quero agradecer cada membro da equipe pelo enorme esforço feito”, seguiu

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A McLaren começa 2021 pensando talvez até em superar os feitos de 2020. Só que até mesmo uma repetição dos resultados de 12 meses atrás já seria um grande feito: a equipe terminou o Mundial de Construtores em terceiro, atrás apenas de Mercedes e Red Bull. A equipe teve como grande rival a Racing Point, hoje Aston Martin, e conseguiu a virada na pontuação apenas na corrida final, o GP de Abu Dhabi.

A aposta na continuidade, entretanto, esbarra em um problema. A equipe perdeu Carlos Sainz Jr., seduzido pelo potencial de recuperação da Ferrari em um projeto de médio-longo prazo. O espanhol foi quem mais pontuou pela equipe alaranjada, derrotando Lando Norris em dois anos consecutivos. O desfalque incomoda, mas o reforço encontrado empolga: é Daniel Ricciardo, tirado da Renault e em busca do sucesso já alcançado na Red Bull. O australiano precisa superar um processo natural de adaptação ao novo carro e ao modus-operandi de Woking, mas o potencial da parceria é inegável.

“Temos uma incrível e empolgante dupla de pilotos neste ano, ambos são formidáveis na pista e com grande caráter fora dela”, disse Zak Brown no lançamento. “Lando [Norris] é naturalmente rápido e um piloto inteligente com grande trajetória, enquanto o Daniel [Ricciardo] é um vencedor de corridas com talento excepcional”, seguiu.

A McLaren tem outro reforço, potencialmente ainda mais importante, encaixado na parte de trás do carro. É o motor Mercedes, retomando uma parceria encerrada em 2014. Os britânicos tomaram a decisão lógica de abandonar a Renault, optando por competir com uma unidade de potência que pode ser considerada a melhor da Fórmula 1 atual. Assim, uma vantagem da Aston Martin, antiga Racing Point, fica neutralizada na briga particular pela condição de melhor do resto. Dito isso, há também o temor de que o tiro saia pela culatra.

A pré-temporada da F1 já está próxima, começando em 12 de março em Sakhir. Trata-se do mesmo local que, no fim de semana dos dias 26 a 28 de março, recebe o GP do Bahrein para abrir a temporada 2021.

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