“Melhor equilíbrio” e “mais liberdade”: Equipes aprovam mudanças em regulamento de 2026

James Vowles e Andrea Stella, chefes de equipe da Williams e McLaren, respectivamente, aprovaram as mudanças recentes que foram aplicadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no regulamento da Fórmula 1 para a temporada 2026. Ambos elogiaram a parceria e o “bom trabalho” entre as equipes e o órgão dirigente do esporte a motor na hora de encontrar soluções para os principais pontos de questionamento.

O novo conjunto de regras apresentado no início de junho, pouco antes do fim de semana do GP do Canadá, fez muita gente torcer o nariz. Um dia após a publicação, os chefes de equipe organizaram uma reunião em Montreal para debater o assunto — até mesmo Stefano Domenicali, CEO da categoria, esteve presente. Além das questões envolvendo as soluções aerodinâmicas e o peso das novas baterias, a maior preocupação dos times era que os carros se tornassem muito lentos pela falta de downforce.

No fim de outubro, atenta às reclamações, a FIA revisou o regulamento de 2026 e fez alterações importantes no futuro carro da F1. Na ocasião, Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da entidade, explicou em detalhes as alterações realizadas no nível de downforce dos bólidos e quais implicações as mesmas teriam no desempenho em pista.

“Adicionamos cerca de 50 pontos de downforce. Isso faz com que o desempenho passe de, talvez, menos 40% em comparação com os carros atuais para cerca de menos 15%, o que significa que o desempenho agora está muito próximo dos carros atuais. Implementamos o que prometemos em junho”, disse em entrevista ao site alemão Motorsport Total.

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Durante o fim de semana do GP de São Paulo, Vowles e Stella, dois dos principais críticos das novas regras quando as mesma foram divulgadas, falaram sobre as melhorias implementadas. Os dirigentes elogiaram o trabalho feito em conjunto pela FIA e os times e celebraram, ainda, a maior liberdade que agora possuem para explorar o regulamento.

“Acho que foi um trabalho muito bem-feito tanto pela FIA quanto pelas equipes ao mesmo tempo, para chegar a uma solução que acho que está muito melhor agora”, parabenizou o chefe da Williams. “Acredito que estamos em uma situação onde há mais liberdade para explorar as regras. Também conseguimos encontrar mais desempenho. Acho que encontramos um equilíbrio melhor, e isso é muito bom”, continuou.

“Vou dizer mais uma vez que foi bom porque realmente foi um reflexo de como todas as equipes se uniram à FIA, como um corpo só, para desenvolver o regulamento. É por isso que tudo aconteceu tão rápido”, encerrou Vowles.

O comandante da McLaren, por sua vez, concordou com o colega de profissão e reforçou os elogios ao trabalho feito em cooperação entre as partes. De qualquer maneira, Stella reconheceu que ainda há trabalho a ser feito, mas deixou claro que a F1 está trilhando um bom caminho para os próximos anos.

“Gostaria de expressar completamente minha concordância com James em termos do bom trabalho, da boa colaboração entre a FIA e as equipes — algo que é importante ressaltar. Acho que em termos de velocidade nas curvas, agora tudo parece mais convincente nas simulações. Ainda podemos oferecer boas corridas, podemos ter a Fórmula 1 realmente como o topo do automobilismo”, apontou.

“Então, desse ponto de vista, o nível de downforce parece estar em um lugar muito melhor. Acho que ainda faltam algumas semanas de trabalho. Espero que isso nos leve ao ponto em que garantiremos boas corridas e boa velocidade geral, como todos queremos ver em um carro de Fórmula 1”, encerrou Stella.

A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.

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