Membros da FIA são excluídos de reunião após recusarem acordo de confidencialidade

Alguns membros do alto escalação da FIA foram proibidos de participarem de uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo por não terem assinado um acordo de confidencialidade exigido por Mohammed Ben Sulayem, presidente da entidade

Enquanto pilotos e equipes levavam os carros à pista para o primeiro dia dos testes coletivos de pré-temporada da Fórmula 1, nesta quarta-feira (26), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) tratou de se envolver em mais uma polêmica. De acordo com a emissora britânica BBC, membros importantes da entidade que dirige o esporte a motor foram proibidos de comparecer a uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo.

Robert Reid, vice-presidente de esportes da federação, e David Richards, representante do Reino Unido, estavam entre aqueles que foram excluídos do encontro por terem se recusado a assinar um acordo de confidencialidade (NDA), já que não concordavam com os termos estabelecidos. O documento, por sua vez, visa promover restrições à discussão de assuntos internos fora de reuniões oficiais e foi promovido pelo próprio Mohammed Ben Sulayem, presidente do órgão, para evitar vazamentos para a imprensa.

Ainda de acordo com o veículo de mídia inglês, a situação deu origem a trocas de cartas jurídicas e levantou questionamentos sobre a validade das decisões tomadas pelo Conselho Mundial, principalmente no que se refere ao regulamento da próxima temporada da F1. A definição mais notável, inclusive, foi a confirmação de que o GP de Mônaco passa a ter duas paradas obrigatórias nos boxes por piloto.

Vale lembrar que os estatutos da FIA determinam que os membros do Conselho “podem participar de qualquer reunião” e “têm o direito de votar”. Reid e Richards ainda não se manifestaram sobre o ocorrido, mas um porta-voz da entidade entrou em contato com a BBC e disse que os acordos de confidencialidade fazem parte da rotina de reuniões.

Presidente da FIA vem se envolvendo em polêmicas nos últimos anos (Foto: Reprodução/Khaleej Times)

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“Como é rotina em todas as organizações, a FIA implementa procedimentos, incluindo acordos de confidencialidade, para garantir relacionamentos confidenciais entre todas as partes, para proteger informações pessoais e proteger nossos interesses regulatórios”, começou.

“A divulgação não autorizada de informações confidenciais prejudica nossa capacidade de cumprir totalmente nossa missão e afeta negativamente nossa capacidade de gerar receitas para apoiar nossos clubes membros em nosso objetivo compartilhado de aumentar a participação no automobilismo, aumentar a acessibilidade e cultivar a inovação”, declarou. “As medidas que tomamos para preservar a confidencialidade foram amplamente apoiadas pela maioria absoluta dos membros do Conselho Mundial de Automobilismo”, concluiu o porta-voz da FIA.

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