Chefe da Mercedes afasta crise em relação com Hamilton após início pouco competitivo na F1

Toto Wolff afirmou que não teve nenhuma discussão com Lewis Hamilton após a classificação da corrida sprint em Ímola, dizendo apenas que "todos têm bons e maus momentos"

Não precisou nem chegar o final do dia para a Mercedes mudar o tom sobre o futuro da equipe na temporada 2022 da Fórmula 1. Mesmo ainda tendo muitas dificuldades com o W13 e sem qualquer expectativa de lutar ao menos por um pódio no GP da Emília-Romanha, Toto Wolff e Lewis Hamilton trataram de mostrar que a sintonia permanece, afastando qualquer rumor de uma possível “crise no casamento”.

Tudo começou logo após a classificação de sexta-feira, quando Hamilton e Wolff foram flagrados numa conversa bastante acalorada, porém, o chefão da equipe garantiu que eles estavam apenas “extravasando a raiva” por terem ficado fora do Q3.

“É muito engraçado como isso foi interpretado. Compartilhávamos a frustração por não termos conseguido extrair desempenho e o quão irritante isso foi. Era basicamente o mesmo ponto de vista, pura raiva. Não há divisão, não há culpa ou algo assim. Há pressão, mas eu diria que é a pressão necessária para acertar as coisas”, esclareceu Wolff à Autosport.

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Toto Wolff desmentiu qualquer problema entre ele e Hamilton (Foto: Mercedes AMG-F1/Steve Etherington)

“Ninguém na equipe está nem perto de aproveitar o momento. E essa equipe, fizemos isso no passado e só precisamos sair desse buraco. Estando envolvidos nisso, todos nós temos bons e maus momentos”, acrescentou.

Hamilton seguiu a mesma linha, garantindo que desistir deste ano é algo que, definitivamente, não está entre as suas opções. O heptacampeão se disse “100% comprometido com a equipe”. “Não há outro lugar que eu queira estar. Só porque passamos por uma fase difícil, não significa que está no meu DNA fazer as malas. Ainda somos campeões mundiais e podemos consertar isso. Será um ano doloroso, e teremos de correr juntos”, afirmou.

Hamilton ainda lembrou que, em 2009, quando ainda defendia as cores da McLaren, também teve um início bastante complicado. Defensor do título na ocasião, o inglês viu a Brawn GP dominar a temporada com o seu difusor duplo e demorou nove corridas para voltar a vencer. Ao final, conseguiu terminar o Mundial de Pilotos na quinta colocação.

“Há pessoas que dizem que nunca tive um carro ruim, e posso garantir que sim. O carro de 2009 estava muito, muito distante e foi o pior carro que já tive. O carro de hoje não está longe disso, mas acho que tem muito potencial”, afirmou o dono do carro #44.

“Nós consertamos aquele carro e voltamos à luta, ou ao jogo. E tenho a maior fé de que meu time pode fazer isso aqui também”, garantiu, lembrando que, por conta das mudanças no regulamento, a Mercedes optou por um caminho inovador, que mostrou ser eficaz nos testes no túnel de vento.

“Nosso túnel de vento estava dizendo que tínhamos uma força descendente muito boa. Infelizmente, entramos na pista e não vimos isso… Não houve saltos, por exemplo, no túnel de vento. E nos deparamos com esse fenômeno. É algo muito mais difícil de consertar do que poderíamos imaginar. Mas, como eu disse, isso não nos mata, apenas nos torna mais fortes. E encontraremos uma solução de uma forma ou de outra”, finalizou.

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