Mercedes destoa com atualização aerodinâmica e motor na Áustria. Mas precisa anular ritmo inicial da Ferrari
A Mercedes levou para a Áustria seu maior pacote aerodinâmico da temporada, e isso fez muita diferença em um circuito veloz como o do Red Bull Ring, associado ao motor novo, introduzido na França. Não deu outra, os carros prateados voaram, mas a pole ficou com Valtteri Bottas. Só que a vitória neste domingo também vai depender da estratégia e da forma como os alemães vão neutralizar o ritmo mais intenso da Ferrari com os pneus ultramacios
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Depois do disputado terceiro treino livre, em que Sebastian Vettel e Lewis Hamilton ficaram separados por apenas 0s029 na ponta da tabela de tempos, a classificação se desenhava em um embate ainda mais apertado entre os dois protagonistas da temporada, com algum brilho dos coadjuvantes, especialmente de Valtteri Bottas. No entanto, quando a decisão das posições de largada teve início, ficou nítido que a Mercedes tinha algo a mais na manga. A performance do TL3 – e também das primeiras sessões – não tinham sido suficientes para indicar o real ritmo desse W09, que ganhou seu maior pacote de atualizações até aqui. Então, quando o Q1 se fez, Hamilton começou a desvendar o mistério.
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A verdade é que a Mercedes entregou velocidade e se posta melhor nos trechos mais velozes do curto circuito austríaco. E isso é efeito da combinação das novas peças aerodinâmicas com o motor atualizado. A evolução alemã foi sólida e deve seguir rendendo frutos, especialmente nas pistas de velocidade mais alta. E mesmo com pneus ‘mais lentos’, Bottas e Hamilton melhores.
E importante dizer que, na sexta-feira, Vettel completou 25 voltas com um ultramacio e foi em média dois décimos mais rápido que seus adversários – só um adendo: na França, Räikkönen andou por 34 giros em cima dos roxos e soube tirar proveito dos vermelhos para chegar ao pódio. Até por isso a Ferrari deve andar mesmo com os supermacios na segunda parte da prova – assim como fez em Paul Ricard – , ainda que a performance com os macios tenha sido muito próxima ou mesmo igual a da Mercedes. As adversárias, portanto, vão optar pelos amarelos para o segundo trecho – Max Verstappen foi quem mais andou com os amarelos até aqui: 28 voltas. Então, está aí a chance da Ferrari.