Mercedes explica retorno ao prata no W13 de 2022: “Nosso DNA e nossa história”

Depois de dois anos utilizando a cor preta no carro como forma de incitar a diversidade, Mercedes retornou ao prata em modelo da temporada 2022, revelado nesta sexta

MERCEDES APRESENTA W13, CARRO PARA A TEMPORADA 2022 DA FÓRMULA 1 | React

A Mercedes revelou na manhã desta sexta-feira (18) o W13, novo carro da equipe para a temporada 2022, e com o qual a escuderia alemã tentará manter-se soberana em mais uma disputa pelo título — venceu sete dos últimos oito Mundiais de Pilotos e todos os oito entre os Construtores no mesmo período. E a novidade mais evidente no carro, como não poderia deixar de ser, foi o retorno da cor prata como tom dominante no monoposto. Chefe da equipe, Toto Wolff lembrou que trata-se da identidade do time, que optou pelo preto de 2020 para cá.

“A pintura preta foi uma intenção clara e uma demonstração de nossa missão de nos tornarmos uma equipe mais diversificada e inclusiva”, explicou Wolff. “Tornou-se parte do nosso DNA, mas a cor prateada das Flechas de Prata é tanto nosso DNA quanto nossa história. Como equipe, crescemos das Flechas de Prata para nos tornarmos lentamente uma equipe mais diversificada e inclusiva e, portanto, nossas cores daqui para frente serão prata e preto”, afirmou.

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O W13 da Mercedes visto por outro ângulo, com as cores prata, preto e detalhes em verde (Foto: Mercedes)

A cor preta foi uma das formas da Mercedes de demonstrar que estava ciente da falta de diversidade na Fórmula 1, problema alardeado pelo próprio piloto da equipe, Lewis Hamilton. O heptacampeão é a voz mais atuante da categoria em relação à busca por uma F1 mais inclusiva — é, por exemplo, o único piloto negro do grid.

Assim, uma das condições exigidas pelo piloto em suas renovações de contrato é o comprometimento da Mercedes de buscar uma diversidade maior em suas contratações, o que Wolff vê como positivo para o próprio trabalho desempenhado na equipe. Para o austríaco, é possível incluir na F1 pessoas que nem sonhavam com um trabalho na categoria.

Hamilton é voz ativa contra o preconceito na F1 e conseguiu até mesmo mudar a cor do carro da Mercedes (Foto: AFP)

“Aumentar a diversidade de nossa equipe não é cumprir uma cota, é recrutar as melhores pessoas, independentemente de etnia, gênero, religião ou orientação sexual”, prosseguiu. “Nosso trabalho inspirando pessoas que, de outra forma, pensariam que uma carreira em engenharia, tecnologia ou automobilismo não é para elas, ampliará o conjunto de talentos que temos disponíveis. Uma força de trabalho diversificada impulsiona o desempenho”, completou.

A primeira oportunidade de observar o novo W13 na pista será na pré-temporada da Fórmula 1 na Espanha, entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Entre 10 e 12 de março, os pilotos terão mais três dias no Bahrein, mesmo palco da estreia do campeonato uma semana depois.

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