Mercedes lança W10 para manter dinastia na F1 com pentacampeão Hamilton e contestado Bottas

Grande equipe do Mundial de F1 desde o início da nova Era Turbo, em 2014, a Mercedes apresentou o W10 com o tradicional layout prateado que marcou a história da equipe alemã. A equipe chefiada por Toto Wolff chega a 2019 com a missão de manter a incrível série vitoriosa dos últimos anos no esporte

A melhor equipe do Mundial de F1 nos últimos cinco anos apresentou o carro com o qual pretende manter a dinastia aberta desde o início da nova Era Turbo. A Mercedes mostrou ao mundo nesta quarta-feira (13) o W10, com visual tradicional e histórico prateado. Ainda desfalcada de Niki Lauda, em longo processo de um delicado transplante de pulmão, o time sediado em Brackley traz na sua estrutura o chefão, Toto Wolff, e os pilotos: o pentacampeão Lewis Hamilton, em busca das históricas marcas de Michael Schumacher para ser o maior de todos os tempos, e o contestado Valtteri Bottas, que tem em 2019 um ano chave para seguir ou não na Mercedes.
 
Nas últimas semanas, a Mercedes divulgou em teasers, por meio das redes sociais, partes do que seria um carro camuflado. Mas a apresentação em si não teve nada disso. O prata, em tonalidade mais fosca, predomina no W10, além da cor verde-água, própria da sua patrocinadora principal, a petrolífera malaia Petronas.
 
A apresentação, diferente dos últimos anos, quando feita depois de um shakedown com seus pilotos, foi feita por meio de fotos tiradas de estúdio. Só depois é que o novo carro foi à pista, primeiramente pilotado por Bottas. Chama a atenção detalhes posicionados na traseira, uma chuva de estrelas de três pontas na parte inferior da tampa do motor.
Eis o novo Mercedes W10 (Foto: Mercedes)

As principais diferenças em relação ao modelo do ano passado são visíveis: a asa traseira mais larga e mais alta, o aerofólio dianteiro também mais largo e simplificado, fruto das alterações promovidas pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para proporcionar um maior número de ultrapassagens, evitando a turbulência, uma das marcas da geração de carros da F1 após a revolução no regulamento técnico em 2017.

 
Hamilton tem em 2019 a chance de superar a marca alcançada por Juan Manuel Fangio e seus cinco títulos mundiais. Cada vez mais maduro, o britânico é, aos 34 anos, o grande favorito à conquista do campeonato neste ano, tem toda a equipe construída em torno de si, vive o auge da carreira e ainda tem ao seu lado um companheiro que vem de uma temporada passada ruim, fechando 2018 com a confiança bastante abalada.
 
Apesar do teórico favoritismo, até considerando que poucas foram as mudanças relevantes nos carros em relação a 2018, Hamilton vai ter de lutar contra Sebastian Vettel e uma Ferrari com muitas ganas de finalmente quebrar a hegemonia prateada. O time de Maranello não poupou esforços, promoveu uma importante mudança da direção técnica, passando de Maurizio Arrivabene para as mãos do ítalo-suíço Mattia Binotto, e renovou sua dupla de pilotos ao trazer Charles Leclerc para o lugar do último campeão da Ferrari na F1, Kimi Räikkönen.
Valtteri Bottas acelera o novo Mercedes W10 em Silverstone (Foto: Mercedes)

Já a Red Bull, outra grande equipe do grid da F1 atual, é uma incógnita por conta do novo motor Honda, ainda que os japoneses tenham mostrado evolução nos últimos anos. Quanto à capacidade dos taurinos em construir bons chassis, não há o que contestar, e Max Verstappen é sempre um osso duro de roer, enquanto Pierre Gasly chegou antes do tempo para ainda ser lapidado no time de Milton Keynes.

 
Enquanto Hamilton larga em 2019 como o grande candidato ao título, Bottas tem seu futuro incerto na Mercedes e vai precisar fazer uma temporada notável para seguir vestindo as cores da melhor equipe do grid. Escolhido para substituir Nico Rosberg — responsável pela façanha de superar Lewis e ser campeão do mundo em 2016 —, o finlandês oscilou em 2017, mas ao menos venceu três corridas e teve boas apresentações. No ano passado, contudo, foi pífio, passou longe das vitórias — com exceção do GP da Rússia e o jogo de equipe que levou Hamilton ao topo do pódio — e terminou o Mundial em quinto lugar, atrás de Hamilton, Vettel, Räikkönen e até Verstappen.
 
Bottas tem pela frente uma grande ameaça ao seu cockpit chamada Esteban Ocon. O talentoso e jovem francês ficou sem lugar no grid depois da venda da Force India ao consórcio liderado por Lawrence Stroll, que trouxe à nova Racing Point o filho Lance. Ocon recebeu guarida do chefão Toto Wolff para atuar como reserva imediato de Hamilton e Bottas na Mercedes, além de seguir em atividade durante sessões de testes. Assim, Valtteri sabe que precisa fazer uma grande campanha para ter seu contrato renovado.

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A palavra do chefe

Comandante da equipe pentacampeã do mundo, Toto Wolff apontou a mudança na aerodinâmica dos carros como um dos desafios a enfrentar para manter a dinastia prateada por mais um ano na F1. “A temporada 2019 será um novo desafio para todos nós”, disse Wolff. “O regulamento mudou substancialmente. Nós temos de começar do zero, precisamos nos provar outra vez ― contra nossas próprias expectativas e contra os nossos competidores”, comentou.
 
“Começamos a temporada com zero ponto, então não estamos dando nada por garantido e não tem, absolutamente, o sentimento de que estar na frente é um direito”, assegurou. “De fato, com a mudança de regulamento nesta temporada, todos os times podem ter uma chance de título e nós estamos vendo todos eles como uma ameaça em potencial”.

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“Mas nós estamos ansiosos pelo desafio. Estamos ansiosos para começar a andar  em Barcelona, para nos compararmos com as nossas próprias simulações e ver se as nossas previsões se materializam na pista. Vamos focar em nós mesmos, construir a performance e tomara que estejamos prontos quando a primeira sessão realmente competitiva começar no sábado em Melbourne”, completou o austríaco.
 

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