Na Garagem: Fora da F1 há cinco anos, Pironi morre em acidente de barco

O francês Didier Pironi escapou da morte na F1 no GP da Alemanha de 1982, mas não teve a mesma sorte quando se envolveu em um acidente de barco durante uma corrida na Ilha de Wight

Didier Pironi sempre viveu no limite. Foi assim que ele sofreu os mais graves acidentes dos seus 35 anos neste mundo. O último deles, fatal, há exatos 29 anos.

O francês sofreu fraturas sérias nas duas pernas em uma batida no warm-up para o GP da Alemanha de 1982. Com a pole-position garantida, o então líder do campeonato estava usando a manhã de domingo para testar novos pneus de chuva da Goodyear. O spray dos carros naquele dia, contudo, estava forte demais, e Pironi não viu Alain Prost quando tentou ultrapassar Derek Daly (a propósito, foi a mesma prova da briga entre Nelson Piquet e Eliseo Salazar).

Quatro anos depois, o ex-ferrarista até pensou em retornar à categoria. Já recuperado, chegou a fazer testes com as francesas AGS e Ligier. Essa volta não saiu da imaginação, e também envolveria uma questão judicial visto que o piloto recebera de sua seguradora com base no fato de que seria impossível retomar a carreira na F1.

Gilles Villeneuve e Didier Pironi nos tempos de Ferrari (Foto: Ferrari)

Em 23 de agosto de 1987, na Ilha de Wight, ao sul da Inglaterra, Pironi não diminuiu a velocidade ao se aproximar de uma onda provocada por um navio-petroleiro e viu seu barco virar. Ele e os outros dois tripulantes, o jornalista Bernard Giroux e o amigo Jean-Claude Guenard, morreram. Eles estavam na liderança da prova, o Needles Trophy.

O caminho para seguir competindo e se divertido foi nas corridas de barco. E foi assim que a segunda tragédia aconteceu.

Sua namorada na época, Catherine Goux, estava grávida de gêmeos. Dois meninos nasceram em janeiro de 1988, e foram batizados como Didier e Gilles, em homenagem ao pai e ao ex-colega de Ferrari, Gilles Villeneuve. Hoje, Gilles Pironi é engenheiro e trabalha na equipe Mercedes na F1.

Na carreira no Mundial, Pironi conquistou três vitórias em 70 largadas. Marcou quatro poles e subiu em 13 pódios. Tinha tudo para vencer o tumultuado campeonato de 1982 até se acidentar em Hockenheim.

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