Nomes de Alonso, Briatore, Kovalainen e Rossi aparecem em vazamento de documentos de banco na Suíça

Uma investigação batizada de ‘Swiss Leaks’ teve documentos confidenciais da filial suíça do HSBC divulgados no último domingo, e a lista de pessoas supostamente envolvidas com evasão de divisas inclui, do meio do esporte a motor, Fernando Alonso, Flavio Briatore, Heikki Kovalainen e Valentino Rossi

Fernando Alonso, Flavio Briatore, Heikki Kovalainen e Valentino Rossi: estes nomes constam em uma lista de 61 perfis divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (ICIJ, na sigla em inglês) oriunda do vazamento de dados confidenciais da filial suíça do banco HSBC.
 
A investigação, batizada de ‘Swiss Leaks’ e conduzida por jornalistas de 45 países, começou em 2008 depois que um ex-funcionário do HSBC entregou dados do banco britânico às autoridades francesas. O jornal ‘Le Monde’ conseguiu acesso às informações e as compartilhou com a ICIJ. A revelação foi feita neste domingo (8).
 
O trabalho ressalta que não é crime, em muitos países, abrir contas bancárias em paraísos fiscais. Entretanto, ressalta que o HSBC sabia que era procurado por clientes dispostos a cometer crimes de evasão fiscal e cujo dinheiro era muitas vezes obtido de forma ilícita — como o tráfico de armas.
Fernando Alonso chegou a ter US$ 42 milhões em suas contas na Suíça entre 2006 e 2007 (Foto: Getty Images)
“As revelações iluminam a intersecção entre o crime internacional e negócios legítimos. Ampliam dramaticamente o que é conhecido sobre comportamento potencialmente ilegal ou antiético no HSBC, um dos maiores bancos do mundo”, diz o texto da ICIJ.
 
Em uma página especial dedicada ao projeto, aparecem os nomes de Alonso, Briatore, Kovalainen e Rossi. Há a observação: “Não é nossa intenção sugerir ou indicar que quaisquer pessoas, companhias ou outras entidades incluídas neste aplicativo interativo quebraram a lei ou agiram de maneira imprópria”.
 
Empresário de Alonso, Luís Garcia Abad disse ao ICIJ que o piloto sempre declarou seus impostos mesmo quando vivia na Suíça. Recentemente, o espanhol voltou a viver em Oviedo e inclusive falou sobre a questão fiscal. “É ótimo ir para casa. Estou feliz por pagar o dinheiro. Não estou pobre, só menos rico”, brincou.
 
Briatore tem seu nome vinculado a nove contas do HSBC, sendo o beneficiário de seis delas, e estas contas ainda o ligavam a um total de 38 contas. Entre 2006 e 2007, o maior montante combinado de todas elas chegava a US$ 73 milhões (mais de R$ 200 milhões em valores atuais). Seu advogado garantiu ao ICIJ que tudo foi mantido de maneira legal e que algumas das empresas controladas pelo ex-chefe da Renault e da Benetton na F1 inclusive operavam na Suíça.
 
Kovalainen, substituto de Alonso na equipe comandada por Briatore em 2007, é citado como cliente do HSBC a partir de 2006, tendo três contas vinculadas ao seu nome contendo um total de US$ 132 mil (R$ 367 mil). Na época, ele tinha Oxford, no Reino Unido, como seu endereço fiscal.
 
Rossi, por sua vez, já havia sido envolvido em uma investigação fiscal antes. Em 2008, ele e o governo italiano revelaram que haviam alcançado um acordo no valor de € 19 milhões (quase R$ 60 milhões) para selar uma investigação de evasão de divisas referente ao período em que o maior campeão do Mundial de Motovelocidade morou em Londres.

O heptacampeão da F1 Michael Schumacher também aparece na lista completa de clientes do HSBC suíço, sem o mesmo destaque dos quatro anteriormente citados. O alemão reside há anos na Suíça.

Os dados do 'Swiss Leaks' também revelam que brasileiros tinham mais de US$ 7 bilhões (quase R$ 20 bilhões) em 5.549 contas bancárias no HSBC da Suíça.

OS 10+ DA PRIMEIRA SEMANA

Por quatro dias, oito equipes marcaram presença no circuito de Jerez, na Espanha, para os primeiros testes da pré-temporada. Naturalmente, a curiosidade para se acompanhar as atividades na pista andaluz era grande, e também há diversos pontos a se destacar após essa primeira bateria de treinos coletivos. A liderança da Ferrari, o dia em que o brasileiro Felipe Nasr foi o mais rápido, os problemas da McLaren e a pintura da Red Bull foram alguns dos aspectos que chamaram a atenção. 

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O SOM AO REDOR
Tempos mais baixos, menos problemas e mais barulho. Dá para resumir assim, do ponto de vista dos motores V6 turbo, a semana de testes da F1 em Jerez de la Frontera, abrindo a pré-temporada de 2015. Introduzidas em 2014, essas unidades de força que atrelam sistemas híbridos ao motor de combustão interna vêm recebendo muitas críticas desde o princípio desta nova era.
 
Há cabos eleitorais fortes que pedem a mudança do regulamento — a alternativa mais defendida neste momento é a adoção de propulsores com 1000 cavalos de potência. Mas é incontestável como, com o passar do tempo, nota-se uma evolução.

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FORA DE NOVO
O momento da Force India não é bom. Após perder a primeira bateria de testes em Jerez, o time indiano está fora da segunda sessão de treinos coletivos, que acontece em Barcelona e corre o risco de perder a terceira também. A confirmação veio nesta sexta-feira (6) por meio do chefe-adjunto do time Bob Fernley à BBC, que citou a falência de Marussia e Caterham e a demora para assinar contrato para ter o túnel de vento da Toyota como principais fatores para o atraso na produção do VJM08.
 
Fernley garantiu que não há a menor possibilidade do VJM08 estar pronto para a segunda bateria de testes, agora em Barcelona, mas explicou que a intenção do time é ter o novo carro pronto para a última sessão de testes. 

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