Opinião GP: Vitória da Ferrari anula tese de blefe e deixa claro: temporada será de duelo Vettel x Hamilton

A Ferrari provou em Melbourne que se preparou como nunca para a temporada 2017. A ótima e veloz SF70H deu a Sebastian Vettel a chance de disputar a vitória e ainda deixar claro: a briga em 2017 será mesmo entre o tetracampeão e Lewis Hamilton. Ainda assim, a corrida deixou a desejar em termos gerais

 

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A FERRARI NÃO ESTAVA BLEFANDO em Barcelona. A ousadia da escuderia italiana em um projeto mais arrojado que o antecessor e, ao mesmo tempo, mais simples do que de suas rivais deu resultado. A SF70H nasceu bem como ficou evidente desde os testes coletivos na Catalunha e, mais que isso, a nova forma de trabalho em Maranello também teve bastante influência no triunfo deste domingo (26), no GP da Austrália, que abriu a temporada 2017 da F1.
 
A mais tradicional equipe do grid optou pelo isolamento e pelo silêncio. Falou bem menos, descartou as promessas e trabalhou muito, em um grupo que parece ainda mais afinado no objetivo de vencer. “Estamos aqui para lutar”, bradou Sebastian Vettel depois do pódio em Melbourne, onde deixou claro que, sim, a Mercedes tem com que se preocupar neste ano, depois de três temporadas de domínio absoluto.
 
É bem verdade que a sexta-feira pouco empolgou e colocou dúvidas sobre o quão bem estavam os italianos – mas muito do desempenho esteve ligado a problemas técnicos enfrentados por Vettel. No sábado, a coisa começou a mudar. O tetracampeão encontrou o caminho das pedras e liderou o terceiro treino com direito a recorde e tudo, mas a classificação acabou por decepcionar depois que Hamilton colocou 0s3 em cima do alemão. Seb garantiu que a pole realmente estava fora de alcance. Só que avisou: a corrida contaria uma história diferente.
 
E assim foi. Vettel largou bem como de costume e acompanhou muito de pertinho o ritmo de Hamilton. Ambos estavam calçados com os pneus ultramacios do Q2. Mas uma decisão surpreendente da Mercedes acabou por abrir de vez a chance para o tetracampeão. A verdade é que Lewis estava sofrendo em ritmo de corrida, e isso se intensificou no segundo stint, quando passou a andar com os compostos macios. Apenas na parte final da corrida deu sinais de recuperação. Mas aí já era tarde.
A largada do GP da Austrália (Foto: Reprodução)

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O pit-stop cedo demais, no entanto, foi decisivo na primeira parte da corrida. Seb ficou na pista por mais oito voltas depois que Lewis parou, o suficiente para voltar à frente e despachar a concorrência. O ferrarista, então, impôs seu ritmo real e, em determinada fase, passou apenas a administrar a confortável vantagem que chegou a quase 10s. Ninguém fez isso com a Mercedes desde que a marca passou a dominar o Mundial. E aparece que essa será a tendência. Ou seja, toda aquela sólida da performance da Ferrari na Espanha era real e verdadeira. 

 
Isso quer dizer também que, finalmente, a esquadra prateada terá uma concorrente à altura, mas isso talvez não signifique necessariamente corridas melhores – falaremos disso na sequência. A verdade é que a Mercedes optou por um conceito mais extremo que a da rival vermelha. O W08 é mais complexo e dará trabalho à dupla Hamilton-Bottas. E é aí que Vettel e companhia entram, ajudados por uma Ferrari mais simples, que também filtrou os pontos fortes do carro do ano passado. Talvez os tricampeões levem mais tempo do que o esperado para voltar ao ponto de domínio do último ano, abrindo, de fato, espaço para os italianos.
 
E a briga anunciada aí entre Ferrari e Mercedes traz um alento a mais em uma F1 que teme corridas ruins. É muito provável que o Mundial finalmente testemunhe um grande duelo entre os atuais maiores vencedores do grid. Vettel e Hamilton têm nas costas a experiência de comandarem fases dominadoras, mas curiosamente nunca protagonizaram uma batalha apenas entre eles. E isso é o que pode salvar a temporada. Os dois e apenas os dois vão lutar ponto a ponto até Abu Dhabi. E esse cenário fica ainda mais claro quando se analisa o desempenho de seus respectivos companheiros de equipe.
 
Valtteri Bottas é o coadjuvante perfeito para Hamilton. O rápido finlandês não vai se colocar na briga do primeiro escalão e vai acabar fazendo o papel de escudeiro – um segundo piloto de luxo, ao menos nesta primeira temporada. Agora do outro lado a coisa parece mais complicada: apesar da boa fase e da boa performance na Catalunha, Kimi Räikkönen esteve apático em Melbourne. Em nenhum momento mostrou a mesma velocidade que Vettel — alegou falta de performance dos pneus ultramacios no primeiro stint da corrida — e foi ficando para atrás, ao ponto de ser ameaçado por um capenga Max Verstappen. O desempenho é inadmissível diante do que Seb fez. 
Duelo de gigantes: Lewis Hamilton e Sebastian Vettel (Foto: Twitter/F1)
A Ferrari, portanto, precisa de um Kimi mais ‘catalão’ se quiser mesmo também tirar da Mercedes o campeonato de Construtores. E agora também fica a pergunta de como a esquadra alemã vai se recuperar da primeira derrota verdadeira. De qualquer forma, os prateados já pediram a revanche.
 
Corrida modorrenta é ducha de água fria no início da ‘nova F1’

Muito antes do início da temporada, pilotos e engenheiros previam que os novos carros, construídos sob a égide do revisado regulamento técnico, seriam mais rápidos, bonitos, agressivos e desafiadores do ponto de vista da pilotagem, mas nada empolgantes em termos de ultrapassagem. Isso porque o alto nível de downforce gera muita turbulência, o que torna muito mais difícil que um carro que esteja atrás consiga estabilidade suficiente para ultrapassar.

E o GP da Austrália confirmou as expectativas e proporcionou uma corrida muito ruim do ponto de vista técnico. As lutas na pista foram raras. Uma delas envolveu Esteban Ocon, da Force India, e Fernando Alonso, com a claudicante McLaren. Porém, mesmo com um carro muito superior, o francês passou praticamente a corrida inteira atrás do bicampeão do mundo e só ganhou a posição porque Alonso enfrentou problemas e abandonou.

 
Ainda que os carros sejam muito mais rápidos e que a Ferrari tenha quebrado o favoritismo da Mercedes nesta primeira corrida, a ‘nova F1’ não empolgou como um todo. Pelo contrário, deu sono em muita gente que assistiu à corrida pela TV na madrugada aqui do Brasil, seguramente. Faltou emoção, faltaram as ultrapassagens, faltou tudo aquilo que é a verdadeira essência do esporte. Foi uma corrida sem sal. Há muito o que melhorar para o futuro.

Mesmo considerando que Albert Park não é dos circuitos mais favoráveis para ultrapassagens, é difícil ser otimista quando se pensa que a F1 corre em outras tantas pistas cheias de dificuldades do tipo: imagine, por exemplo, a procissão que vai ser em Mônaco, ou mesmo em Abu Dhabi? Diante de tal cenário, só mesmo em caso de chuva poderemos ter a chance de ver boas corridas em 2017. O que é um indicativo ruim.

F1 de difícil ultrapassagem (Foto: Red Bull Content Pool)

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O próprio Ross Brawn, novo diretor esportivo nomeado pelo Liberty Media, sabia das dificuldades que estavam por vir. E já deixou claro que não vai deixar o esporte navegar nas águas do marasmo e vai tentar meios, junto com as equipes, de produzir carros que não ofereçam tanta dificuldade nas ultrapassagens. Brawn, avesso aos artifícios do DRS, pensa além, em como poder construir modelos que não proporcionem a turbulência que é gerada pelos modelos atuais.

Mas não se empolgue muito, já que não se trata de uma medida a curtíssimo prazo. Tais mudanças, se de fato ocorrerem, devem ficar mesmo para 2018, já que mudanças aerodinâmicas levam muito tempo entre o estudo e a prática. Ou seja, o fã da F1 vai ter de se acostumar com uma temporada com carros espetaculares, mas com corridas mornas e decidias na base da estratégia — como foi neste último domingo — ou então por alguma casualidade. Batalhas como a que todos se acostumaram a ver no passado vão ser coisa rara nesta temporada que abre a ‘nova era’ da F1.

Opinião GP é o editorial do GRANDE PRÊMIO que expressa a visão dos jornalistas do site sobre um assunto de destaque, uma corrida específica ou o apanhado do fim de semana de automobilismo.

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