Piastri vê Mundial de Construtores como “meta maior” e título de pilotos “irrealista”

A Fórmula 1 chega para o GP de Singapura desta temporada com um cenário muito diferente em ambos os Mundiais em relação a 2023. Sem o domínio previsto da Red Bull e de Max Verstappen, a situação para o título de pilotos está mais aberta e até Oscar Piastri, o quarto colocado, ainda sonha com a conquista. No entanto, o australiano não se deixa levar pela possibilidade e entende que a briga, no momento, “não é muito realista”. 

Com 222 pontos, Piastri tem 91 tentos a menos que Verstappen, que ainda lidera o Mundial de Pilotos. Com isso, para que possa passar o neerlandês, o titular da McLaren teria de tirar, em média, 13 pontos por fim de semana em relação ao atual tricampeão. Isso sem contar com Charles Leclerc e Lando Norris, que estão à frente de Piastri no momento. 

Com isso, o australiano não se vê iludido com a possibilidade de brigar pelo título em 2024 e pregou foco na disputa do Mundial de Construtores, uma “meta maior” para a reta final da temporada. Atualmente, a McLaren lidera a temporada com 476 pontos, contra 456 da Red Bull. 

“Honestamente, não [penso] muito. Acho que, pessoalmente, manter a liderança no Mundial de Construtores agora é de longe uma meta maior. Não estou fora da disputa pelo Mundial de Pilotos, mas acho que, em média, preciso tirar mais de 10 pontos por fim de semana em relação a Max”, destacou. 

“Posso tentar vencer todas as corridas, mas estou no ponto em que preciso que outras coisas comecem a acontecer para ser campeão, e isso acontecer por sete corridas consecutivas não é muito realista. Vou tentar obter o melhor resultado possível todos os fins de semana e se a imagem começar a ficar um pouco mais clara, será um bônus. Mas certamente não tenho a ilusão de que estou bem e de fato na luta pelo título. É mais se acontecer alguma loucura, aí estarei lá para entrar na luta”, comentou. 

Caso Piastri seja perfeito durante os últimos sete GPs, incluindo vitórias nas três corridas sprints e marcando a volta mais rápida em todas as etapas, o australiano ainda não terá o título como garantia. Para tal, precisaria que Verstappen chegue, no máximo, em terceiro em todas as provas restantes e somar apenas 10 pontos nas três sprints que restam. Um segundo lugar já deixa o #1 precisando de menos tentos nas provas curtas para ser campeão.

O único, além de Verstappen, que ainda depende apenas de si para ser campeão é Lando Norris. No entanto, o britânico vive no limite e teria de ser perfeito nos últimos sete fins de semana para não depender de deslizes do neerlandês.

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