Pérez quer Fórmula 1 de futuro todo elétrico e mais espaço para pilotos brilharem: “Hoje, carros fazem a diferença”

Sergio Pérez tratou ainda de como resolveu, ainda criança, que queria recolocar o México no mapa da Fórmula 1 e, apesar de não ter introduzido um capacete de pintura diferente para corrida 1.000, quer guarda-lo para lembrar no futuro que fez parte do momento

Com a corrida 1.000 da história da Fórmula 1 neste fim de semana, os pilotos presentes na entrevista coletiva oficial da FIA em Xangai foram naturalmente questionados sobre a relação deles com o campeonato. Sergio Pérez foi um destes e falou bastante sobre o que espera do futuro e de como começou a acompanhar. A primeira corrida que o piloto da Racing Point assistiu – a da morte de Ayrton Senna – foi assunto, mas também o que ele vislumbra para os anos que vêm por aí: um misto de inovação tecnológica e ambiente vintage.
 
A pergunta apresentada pela imprensa presente no autódromo chinês foi sobre onde ele imagina a F1 nas próximas décadas. Pérez quer um Mundial elétrico e com mais espaço para os pilotos brilharem.

"Dá medo o ritmo em que se desenvolve a tecnologia. As coisas vão mudar muito ainda, mas espero que algumas se mantenham. Espero que dentro de alguns anos os carros sejam completamente elétricos, mas que o piloto siga sendo importante – hoje depende muito das equipes. Nos anos 1960 e 1970 a F1 era muito divertida, mas também perigosa. O piloto podia fazer a diferença em função do risco que ele assumia. Durante toda minha carreira a diferença foi feita pelos carros, não por mim", afirmou.

Sergio Pérez (Foto: Racing Point)

Pérez lembrou ainda que, como o México não produzia pilotos de F1 desde os irmãos Rodríguez, nos anos 1960 e começo dos 1970, imaginar que pudesse chegar ao grid era apenas um sonho.

 
"No meu país a F1 não é tão popular, então chegar [ao grid] parecia algo difícil de alcançar. Já havia passado muito tempo desde o último piloto mexicano, mas sempre quis ser piloto da F1 e muito jovem ainda vim para a Europa brigar para isso. Lembro que madrugava no México para ver as corridas. Desde menino via Kimi Räikkönen correr", falou, tirando sarro do finlandês, que também estava presente.

Diferente de outros pilotos, Pérez não mudou a pintura do capacete para a corrida. Apenas adicionou o logo da prova especial, sobretudo para voltar a olhar para ela no futuro. 

 
"Não mudei muito o capacete, só coloquei o logo da milésima corrida porque é especial para mim competir em um fim de semana tão destacado. Quero recordar isso em alguns anos, lembrar que fui parte da F1", falou.
 
Por fim, tratou de reafirmar que o carro da Racing Point ainda é deficitário, mas que tem boas expectativas para o GP da China. E negou que pela primeira vez abrir uma temporada como papai tem algum efeito na pista.

"Não somos suficientemente rápidos, mas a temporada é longa. O que conta é sua posição quando estiver em Abu Dhabi. Na primeira volta é sempre muito difícil contornar a curva um, o vento dificulta muito. É um circuito único, normalmente aqui fazemos boas corridas", declarou. 

 
"Quando estamos pilotando não pensamos se temos filhos ou família. Queremos é ser os mais rápidos sempre, então não afeta nada", encerrou.
 

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.