Por que perda de diretor-esportivo pode gerar impacto maior na Red Bull que saída de Newey

Segundo a versão italiana do Motorsport, Jonathan Wheatley, atual diretor-esportivo da Red Bull, pode levar mais funcionários para a Audi, portanto o risco de uma debandada é maior do que com Adrian Newey

O anúncio da saída de Adrian Newey da Red Bull após quase duas décadas foi, sem dúvida, um baque em Milton Keynes, porém é a perda de Jonathan Wheatley que realmente preocupa o chefe, Christian Horner. O temor é que o diretor-esportivo de longa data dê início a uma verdadeira debandada, já que está de partida para chefiar a Audi a partir da temporada 2026.

Wheatley era visto como o #2 da Red Bull, tanto que foi o diretor-esportivo o nome cotado para assumir o comando dos taurinos na Fórmula 1 caso Horner fosse afastado do cargo em meio à investigação de possível conduta inapropriada com uma funcionária. A equipe ainda tentou negociar a permanência do britânico, mas o desejo dele de se tornar chefe de equipe falou mais alto.

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A versão italiana do site Motorsport desta terça-feira (20) relata que a saída de Wheatley é mais preocupante para Horner pelo fator Audi. A publicação diz que a marca das quatro argolas busca, no momento, mais de 200 pessoas na sede da Sauber, em Hinwil, mas a ligação que o futuro chefe tem com os funcionários da Red Bull pode significar uma perda maior de funcionários para os austríacos.

É o contrário de Newey, não que deixar de ter o ‘Mago da Aerodinâmica’ tenha pouco significado. Acontece que a transição rápida de competências para Pierre Waché sugeriu que Horner já tivesse tal plano preparado. Além disso, as pessoas da confiança do projetista são poucas comparadas as que possam seguir o caminho de Wheatley.

Jonathan Wheatley era visto como substituto de Christian Horner na Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)

Em meio a tudo isso, Horner, diz o Motorsport Itália, conseguiu acordo de paz com Helmut Marko para segurar Max Verstappen ao menos até o final de 2026. O primeiro ano do novo regulamento, todavia, é encarado pelo dirigente inglês como um verdadeiro all-in, já que será a primeira vez que a Red Bull terá em ação um motor desenvolvido por ela própria.

Se os planos não saírem conforme esperado, Verstappen enfim se verá livre para estudar opções melhores no mercado. Há também a incerteza da permanência de Marko na Red Bull após 2026, quando terá 83 anos. E mais uma vez, a decisão passará pela performance que o carro conseguirá entregar. Se Marko sair, Horner finalmente terá o controle absoluto de tomadas de decisões nas mãos.

A Red Bull lidera o Mundial de Construtores com 408 pontos, 42 a mais que a McLaren. Entre os PilotosMax Verstappen é o líder, com 277, enquanto Lando Norris vem em segundo, com 199.

Fórmula 1 retorna das férias neste fim de semana, entre os dias 23 e 25 de agosto, no GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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