Quando Schumacher driblou Pelé e criou ‘meme’ da bandeirada que falhou em Interlagos

“Olha aí o Pelé pra dar a bandeirada! Vai passar, Pelé! Olha lá que ele vai passar! Passaram tão rápido que o Pelé não viu!”, descreveu Galvão Bueno na transmissão da TV Globo em um momento que você, leitor do GRANDE PRÊMIO, certamente já sabe qual foi.

O dia era 31 de março de 2002, GP do Brasil, em Interlagos. Em uma Fórmula 1 que começava com promessa até de equilíbrio entre Ferrari e Williams, a pista paulistana recebia a terceira etapa do campeonato, que mais para frente mostraria que de parelho não teve nada.

A corrida em si não foi das mais maravilhosas ou marcantes tecnicamente em Interlagos, assim como a temporada, que foi controlada pela Ferrari e por Michael Schumacher. Não de graça, o alemão se sagrou campeão depois de apenas 11 das 17 etapas.

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No GP do Brasil, Michael venceu, ainda que tenha recebido uma pressão considerável do irmão mais novo, Ralf, que já tinha triunfo em 2002, na Malásia. A briga até foi boa, mas acabou completamente em segundo plano. Tudo isso por causa da hora da bandeirada e, claro, por quem estava encarregado de dar o comando final da prova.

Edson Arantes do Nascimento era quem estava lá no alto da torre, preparado para sinalizar o fim da prova para os irmãos Schumacher. Até aí, tudo bem, tudo perfeito, grandes celebridades sempre aparecem nas bandeiradas mundo afora. Só que Pelé acabou sendo traído pela velocidade da F1.

“Olha ali que você vê que o diretor de pista me chamou para dar a notícia, porque ele estava com o rádio dele ali. Aí, quando eu voltei, o [Michael] Schumacher já tinha passado. Ele era muito rápido”, comentou o Rei do Futebol à TV Globo, resumindo da melhor forma possível o que aconteceu ali.

No fim das contas, foi justamente o relatado pelo Rei do Futebol. Pelé estava pronto para dar a quadriculada, mas foi cutucado na pior hora possível. Quando se virou de costas, em fração de segundos, perdeu os primeiros colocados. Virou meme histórico, ainda que isso não fosse moda na época.

Se o futebol eternizou a expressão “gol que Pelé não fez” para os tentos marcados com chutes do meio de campo, a F1 pode dizer que ficou com a “bandeirada que Pelé não deu”, no que foi talvez a participação mais lembrada do craque no esporte a motor.

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