Red Bull se aproxima de acordo com Porsche e agora tem questão a resolver: E a Honda?

Enquanto fecha um acordo para se tornar parceira sanguínea da Porsche, Red Bull ainda tem de trabalhar com Honda por três anos

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Apesar da informação ter surgido apenas há 24 horas, a oficialização do acordo de aquisição de 50% da Red Bull Technology por parte da Porsche está próxima. Com a nova parceria desenhada para 2026 e apenas à espera do ok para seguir em frente, a Red Bull tem outra questão a resolver: o que fará com relação aos atuais parceiros da Honda ao longo dos próximos anos?

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A informação sobre o acordo entre Red Bull e Porsche vazou não como boato, mas já como praticamente feito. Por conta da legislação internacional antitruste, as companhias precisam da autorização da União Europeia e mais 20 países para que possam ir adiante. Um dos países procurados, o Marrocos, obriga que qualquer negócio deste tamanho que seja proposto tenha de ser registrado oficialmente. Assim foi feito.

O documento indicava até que o dia 4 de agosto era o escolhido para oficializar a sociedade, visto que há a expectativa de que a FIA bata o martelo sobre as diretrizes técnicas da próxima geração de motores da F1 após o encontro do Conselho Mundial, marcado para o dia 2. A entrada da Porsche na F1 está diretamente condicionada a tais diretrizes, mas sabe-se que tanto Porsche quanto Audi estão de acordo com o caminho que vem sendo tomado nas conversas. A Audi ainda negocia uma possível compra da Sauber.

Verstappen na pré-temporada de 2021: a Honda aparecia bem grande no carro (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
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De acordo com a revista alemã Auto Motor und Sport, as duas companhias têm uma ideia de como vão trabalhar na formatação dos novos motores, que passarão a ser válidos somente a partir da temporada 2026. Os motores de combustão interna serão construídos mesmo na divisão de motores que a Red Bull criou em sua fábrica, na cidade inglesa de Milton Keynes, pela Red Bull Powertrains. A Porsche, por sua conta, projeta e produz a parte elétrica híbrida direto de seus domínios, na cidade alemã de Weissach.

O acordo prevê ainda a parceria na construção de chassi para apenas uma das equipes, a Red Bull – mas não a AlphaTauri. Há a possibilidade da Porsche também participar do projeto do motor do RB17, o hipercarro anunciado pela Red Bull.

Com isso claro, duas questões seguem. Uma delas, a mais emergencial neste momento, é o que fazer com a Honda. Apesar da fábrica japonesa ter decidido deixar a F1 oficialmente no fim da temporada passada, ela ainda trabalha junto à Red Bull. Os logos da Honda saíram do carro da Red Bull e o motor deixou de ser batizada com o nome da marca, mas segue sendo a mesma tecnologia. Funcionários da Honda trabalham junto à Red Bull, mas agora simplesmente como cliente: a equipe paga – e caro – para contar com a tecnologia.

O que se sabe, entretanto, é que a Honda começou a considerar o retorno oficial à F1 com as regras de 2026 e, claro, animada com o título mundial do ano passado. A expectativa da Honda era contar com uma parceria renovada com a Red Bull, visto que a relação entre as marcas era bastante próxima, mas a própria Red Bull tinha ressalvas por conta da repentina saída do ano passado. Assim, o acordo com a Porsche foi considerado desde sempre e tende a escantear a Honda.

Red Bull Porsche para 2026? (Foto: Jeroen Claus/Instagram)

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De acordo com o veículo alemão, a Red Bull ofereceu para a Honda a oportunidade de tornar a AlphaTauri uma equipe oficial, mas os japoneses negaram, já que desejam brigar na frente do pelotão e sabem que esse não é o propósito do ‘time B’ dos energéticos.

Relação estranha, então? É necessário lembrar que apesar do congelamento dos motores neste ano e que vão durar até 2025, é natural que sejam feitos alguns ajustes com o passar do tempo. A Porsche passará a atual, objetivamente, em 2026. Mesmo com a Porsche dona de 50% da Red Bull Technology nos próximos meses, a Red Bull será empurrada pelos motores da Honda nos próximos três anos. Não há saída para isso. Mas a Honda está disposta e fornecer seus melhores esforços para uma equipe vinculada a uma montadora rival? Difícil saber. A Red Bull tem de resolver a questão para seguir em frente sob o risco de ser cada vez menos competitiva no próximo triênio.

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