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Fórmula 1

Vettel retira Chipre do Norte do capacete “Sem Guerra” após pedido de cipriotas na FIA

Casco especial do piloto da Aston Martin exibia a flâmula não reconhecida internacionalmente e que há décadas está em conflito pelo Chipre

Capacete de Vettel tem um novo design com mensagens e elementos de apoio à Ucrânia (Foto: Jens Munser Designs)

Capacete de Vettel tem um novo design com mensagens e elementos de apoio à Ucrânia (Foto: Jens Munser Designs)

 
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O novo capacete de Sebastian Vettel gerou opiniões positivas sobre as mensagens e o pedido de paz na Ucrânia, mas também despertou irritação na Associação de Automobilismo do Chipre. O motivo foi a exibição da bandeira da República Turca do Chipre do Norte, território que está em conflito há décadas com os cipriotas e tem a independência reconhecida internacionalmente apenas pela Turquia. A entidade solicitou à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a retirada da bandeira, pedido que foi aceito pelo tetracampeão mundial de Fórmula 1.

No primeiro dia de testes de pré-temporada no Bahrein, o piloto da Aston Martin mostrou ao mundo o novo capacete em sinal de protesto contra a guerra no território ucraniano. O design traz diversas descrições e elementos que pedem pelo fim do conflito, como um trecho da música Imagine, escrita por John Lennon e Yoko Ono, e também a mensagem “No War” [“Sem Guerra”, em tradução livre] em letras maiores. A descrição é a mesma divulgada durante o protesto organizado pelos pilotos no circuito de Sakhir.

No acabamento na área inferior, o equipamento traz as bandeiras de diversas nações do planeta, que ilustram um dos pedidos da música Imagine: “Um mundo sem países que vivam em paz”. Porém, a escolha da bandeira da República Turca do Chipre do Norte despertou a fúria na Associação de Automobilismo do Chipre.

Detalhes do capacete de Vettel em protesto contra a guerra na Ucrânia (Foto: Jens Munser Designs)

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A entidade cipriota enviou um comunicado à FIA com reclamações sobre esse detalhe no capacete e pediu para Vettel retirar a bandeira, além de solicitar que o piloto alemão e a Aston Martin fossem multados.

Segundo o site RaceFans, o tetracampeão atendeu o pedido, e a bandeira da República Turca do Chipre do Norte foi removida na noite de sexta-feira. Portanto, durante o último dia de testes de pré-temporada em Sakhir, Vettel terá uma leve modificação no capacete.

GRANDE PRÊMIO acompanha a cobertura da pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein AO VIVO e em TEMPO REAL. A análise acontece no Briefing assim que as atividades em pista acabarem.

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Entenda o conflito

O conflito no Chipre se refere à disputa entre a República do Chipre e a Turquia acerca da ocupação turca do norte da ilha. É uma situação de guerra entre as comunidades greco-cipriota e turco-cipriota da ilha do Chipre, que teve início em 1963 e permanece até os dias atuais.

Com a chegada dos britânicos à ilha, a “Disputa pelo Chipre” foi identificada como um conflito entre os povos do Chipre e o Império Britânico pela demanda dos cipriotas por autodeterminação. A questão, porém, finalmente passou de uma disputa colonial a uma disputa étnica entre os habitantes turcos e gregos da região.

As complicações internacionais do conflito vão muito além das fronteiras da ilha do Chipre e envolvem as nações, como a Turquia, Grécia e Reino Unido, assim como os Estados Unidos, as Nações Unidas e a União Europeia.

Com a invasão de 1974, condenada pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU como legalmente inválida, a Turquia ocupou a parte norte da República do Chipre reconhecida internacionalmente, e, mais tarde sobre esses territórios, a comunidade turca do Chipre declarou unilateralmente a independência. Dessa forma, foi formada a República Turca do Chipre do Norte.

Entretanto, o território carece de reconhecimento internacional, com exceção da Turquia, com a qual tem plenas relações diplomáticas. Após as duas comunidades e os países envolvidos na questão se comprometeram em encontrar uma solução pacífica sobre a disputa, as Nações Unidas, desde então, criaram e mantêm uma “zona tampão”, também conhecida como Linha Verde, para evitar mais tensões e hostilidades entre as comunidades.

A zona corta o país e criou uma barreira física e social entre as comunidades grego-cipriota e turco-cipriotas. Isso levou à separação do país. O governo grego-cipriota controla o sul, formando a República do Chipre, que é reconhecida internacionalmente e membro da UE, e os militares turcos ocupando o terço norte da ilha.

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