Sem palavras para explicar sentimento por Bianchi, Alonso resume: “É um fim de semana muito duro”

Em uma coletiva de imprensa dominada pela tristeza pelo acidente com Jules Bianchi, Fernando Alonso afirmou que “não há palavras” para explicar o sentimento dos pilotos

A F1 desembarca na Rússia neste fim de semana ainda em choque pelo acidente sofrido por Jules Bianchi no GP do Japão. O piloto da Marussia segue internado em estado crítico, mas estável no Hospital Geral de Mie.
 
Na 43ª volta da disputa em Suzuka, Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio a grua que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido no giro anterior. Socorrido ainda na pista, Jules foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia de cerca de 4 horas.
Fernando Alonso afirmou que seus pensamentos estão com Bianchi (Foto: Getty Images)
O último boletim médico divulgado pela Marussia data de terça-feira e confirmou que o piloto de 25 anos sofreu uma lesão axonal difusa, que, de acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, é uma lesão ampla e devastadora e que, em mais de 90% dos caros, deixa suas vítimas em coma definitivo.
 
Os pacientes que conseguem se recuperar da LAD, sigla em inglês para a lesão axonal difusa, apresentam sequelas comuns como demência e ataxia, um transtorno neurológico caracterizado pela falta de coordenação de movimentos musculares voluntários.
 
Nesse cenário, a estreia do circuito de Socchi aparece absolutamente em segundo plano. Nesta quinta-feira (9), os pilotos se reuniram para uma coletiva de imprensa e a condição de Jules foi o tema mais frequente.
 
Um dos mais experientes do grid, Alonso afirmou que “não há palavras” para descrever como os pilotos estão se sentindo.
 
“Obviamente, todos os nossos pensamentos estão com Jules e a nossa mente está lá”, disse Alonso. “Quando grandes acidentes acontecem, não há palavras para descrever o quão mal você se sente”, continuou.
 
“É um fim de semana muito, muito duro. Nós estamos aqui em um fim de semana muito difícil emocionalmente”, ressaltou. “Nós estamos prontos para correr e correr por ele, para correr da forma mais profissional que pudermos. Definitivamente, minha mente esta com ele neste momento e rezando por ele”, concluiu.

Conta-giro 

Acidente de Bianchi reacende discussão sobre proteção para cabeça dos pilotos


NÃO PODE SER COINCIDÊNCIA que os acidentes mais graves da última década na F1 envolvam impactos na cabeça. Os carros de hoje em dia são seguros — já vimos diversos casos em que a célula de sobrevivência resistiu a pancadas fortes. Robert Kubica sobreviveu àquela horripilante batida no GP do Canadá de 2007. Mas há um ponto de vulnerabilidade, e esse é a proteção à cabeça do piloto.



Antes de mais nada, deve-se dizer que o fato de a cabeça ficar exposta foi uma causa secundária no acidente de Jules Bianchi, no último domingo (5), no GP do Japão. Ali, o grande problema foi a presença de um trator dentro da área de pista, debaixo de chuva forte, sem que o safety-car fosse acionado pela direção de prova. Posto isso, a discussão a respeito de maneiras de proteger melhor o piloto é, sim, válida.



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