Hamilton de saída? Chefe espera que “melhor da história” siga após derrota em Abu Dhabi

Falando em público pela primeira vez desde o controverso GP de Abu Dhabi, Toto Wolff admite que derrota da Mercedes será difícil de ser superada e lamentou ausência de "princípio fundamental de justiça" na Fórmula 1

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Chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff falou ao público pela primeira vez depois do controverso final do GP de Abu Dhabi, que consagrou Max Verstappen como campeão da F1 em 2021. O time de Brackley confirmou que desistiu de protestar contra a irregularidade da direção de prova durante o período de safety-car final da prova.

Em coletiva de imprensa dada nesta quinta-feira (16), Wolff falou sobre a quebra do princípio de justiça na Fórmula 1. Durante o GP de Abu Dhabi, a direção de prova autorizou que apenas os retardatários entre Lewis Hamilton e Max Verstappen descontassem a volta, em vez de todos como a regra pede. Com o duelo criado, o holandês ultrapassou o inglês na última volta e conquistou o título mundial.

“Lewis e eu estamos desiludidos no momento. Não desiludidos com o esporte, amamos com todos os ossos do nosso corpo, e amamos porque o cronômetro nunca mente. Mas se quebrarmos esse princípio fundamental de justiça esportiva e autenticidade do esporte, de repente o cronômetro não se torna mais relevante porque estamos expostos a tomadas de decisão aleatórias, e é claro que você perde amor por isso”, comentou.

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Lewis Hamilton e Max Verstappen (Foto: Mercedes)

Wolff também falou que espera a permanência do heptacampeão mundial na Fórmula 1 após a polêmica. Aos 36 anos de idade, Hamilton tem mais dois anos de contrato com a Mercedes, mas o dirigente, ao falar, deixou no ar uma possibilidade até então não aventada.

“Eu espero muito que Lewis siga correndo, porque ele é o melhor piloto de todos os tempos. Quando você olha pelas últimas quatro corridas, ele dominou o domingo. Não existem dúvidas de quem venceu a corrida e de quem venceu o campeonato”, citou.

Desde o domingo, tanto Hamilton quanto Wolff não fizeram aparições na imprensa e nas redes sociais. Toto criticou fortemente Michael Masi, diretor de provas da Fórmula 1, que antes de tomar a decisão de liberar os cinco retardatários, tinha anunciado que nenhum piloto poderia descontar volta.

“Você começa a questionar se todo o trabalho que você tem feito, todo o suor, lágrimas e sangue podem realmente ser demonstrados em termos de trazer as melhores performances possíveis na pista, porque pode ser retirado aleatoriamente. Vai demorar muito para digerir o que aconteceu no domingo, acho que nunca vamos superar. Isso não é possível, e certamente não para ele como piloto”, citou.

“Esperamos muito que nós dois e o resto da equipe trabalhemos nos eventos e possamos, com a FIA e a F1, utilizar a situação para melhorar o esporte daqui para frente. Mas ele nunca vai superar a dor e a angústia que foi causada no domingo. Para ser sincero, ainda hoje, não consigo entender o que aconteceu. Ainda parece surreal”, completou.

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