Williams aposta em pintura azul escura e lança FW44 para temporada 2022 da F1

Sexta equipe a apresentar o carro para a temporada 2022 da Fórmula 1, a Williams vai para o próximo campeonato com a meta de deixar a zona da confusão do grid no primeiro ano sem George Russell

Williams relembrou história em lançamento de novo carro (Vídeo: Williams)

A segunda metade da maratona de lançamentos da Fórmula 1 2022 foi aberta pela Williams. Nesta terça-feira (15), a equipe, que vem desesperadamente tentando deixar a zona inferior da tabela, mostrou para o mundo o novo FW44, carro para a disputa da próxima temporada da categoria.

Os lançamentos de 2022 têm se caracterizado por um suspense além do comum. A Haas começou apresentando só a pintura, enquanto a Red Bull e a AlphaTauri admitiram que mostraram carros conceitos que não devem ter muito a ver com os originais. A McLaren vai fazer mudanças severas antes do Bahrein, fazendo com que apenas a Aston Martin, possivelmente, pareça ser verdadeira.

O já tão conhecido azul segue como marca registrada. A diferença é que as cores estão dispostas de uma forma diferente, com o azul-escuro bastante evidenciado e alguns detalhes em vermelho. A Williams, assim como algumas equipes, optou por não mostrar muito além da pintura — seguindo a Red Bull, por exemplo.

De qualquer forma, a asa dianteira parece ser mais alta e tem três lâminas. O bico parece ser mais achatado. A entrada de ar é ovalada. No entanto, o carro, pelo o que se é possível analisar, ainda não é o oficial. Assim como o da Red Bull, é um carro que dá mais enfoque à pintura. As reais mudanças e novos detalhes serão vistos, provavelmente, apenas em Barcelona.

O novo FW44, carro da Williams para a temporada 2022 da F1 (Foto: Williams)

“Sou fã da nova pintura”, disse Latifi. “Manter o azul era importante, pois é sinônimo de Williams, mas é um padrão que não vimos antes, o vermelho fluorescente, que aparecerá na pista, e eu realmente gosto. É um novo visual para começar a nova era da F1”, acrescentou.

“A pintura do FW44 é limpa e simples. Estou ansioso para vê-lo na pista”, concluiu Albon.

A Williams teve um período de férias bem menos conturbado do que os mais recentes. Para alguém que, em outras oportunidades, apresentou carro desfalcado e até perdeu parte da pré-temporada, os ares são bem mais limpos pelos lados de Grove.

Com Jenson Button chamado para atuar mais próximo de Alexander Albon e Nicholas Latifi, como consultor, a Williams ainda teve boas novidades nas últimas semanas. Um patrocínio grande com a Duracell foi o mais recente, mas teve também a importantíssima vitória em processo contra a ROKiT, apoiadora chinesa em 2019.

O clima de otimismo por lá é visto nas declarações de Jost Capito, chefe da equipe. Ligeiramente satisfeito ao saltar de décimo para oitavo no último Mundial de Construtores, o dirigente falou de como o time tirou todo potencial que tinha em 2021 para salvar uma premiação maior no campeonato, fechando na frente de Alfa Romeo e Haas.

“Acho que a equipe tomou algumas decisões muito corajosas em Budapeste quanto à escolha dos pneus, além de manter essa posição”, explicou. “Então, eu acredito que [conquistamos esses resultados de 2021] com mérito, porque se você está em posição de somar os pontos e não pode vencê-los, então você não fez o seu trabalho”, explicou.

Atualmente controlada pelo grupo de investimentos norte-americano Dorilton Capital, a Williams começa a ter um aporte financeiro mais considerável a partir de 2022. Mas, mais até do que a temporada que se inicia no próximo mês, a expectativa pelos lados de Grove é a de construir um futuro que seja de triunfos e não de ganho de território no fundo do pelotão.

Carro tem bastante detalhes em azul-escuro (Foto: Williams)

“Nossos investidores realmente querem construir essa máquina adequada, uma máquina vencedora, e sabem que dois ou três anos são [necessários] para construir a equipe e outros dois ou três para desenvolver”, destacou o engenheiro-chefe Dave Robson em entrevista ao site The Race.

A Williams vem de um oitavo lugar no Mundial de Construtores, deixando a lanterna da F1 pela primeira vez desde 2017, quando ficou na quinta posição. No entanto, a preocupação com a saída de George Russell para a Mercedes tem de acontecer, já que o inglês fez 16 dos 23 pontos da equipe.

Na vaga de George, Albon foi a aposta. O tailandês, de bons momentos na Toro Rosso e na Red Bull, deixou o time austríaco após um 2020 de altos e baixos, trocado por Sergio Pérez e, agora, tenta se reencontrar na categoria ao reeditar a dupla que formou com Latifi na DAMS, nos tempos de Fórmula 2.

Olhando mais para o futuro do que para o presente, a Williams primeiro tem de cuidar das rivais que estão abaixo, especialmente da Alfa Romeo, que tem potencial maior que o da Haas. Caso se estabeleça em oitavo, pode começar a olhar para cima, possivelmente para onde estão Aston Martin, AlphaTauri e Alpine, ainda alguns degraus acima dos britânicos.

O próximo lançamento já acontece nesta quinta-feira (15), com a Ferrari mostrando seu novo carro para o mundo. A semana ainda tem a Mercedes, dois dos carros mais aguardados do ano.

WILLIAMS APRESENTA CARRO PARA A TEMPORADA 2022 DA F1 | React
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