Williams mantém cores e revela carro para temporada de 2023 da Fórmula 1

Lanterna da última temporada da Fórmula 1, a Williams foi a terceira equipe a apresentar seu carro para 2023. O FW45 foi lançado para o mundo nesta segunda-feira (6), em um evento online em sua própria plataforma. O bólido conta com novos patrocínios, como o da Gulf Oil, empresa americana que tem uma longa história no automobilismo, e vai para a pista pela primeira vez daqui a uma semana, no dia 13 de fevereiro, quando será feito o shakedown em Silverstone.

A expectativa era inclusive que o laranja e o azul claro da Gulf aparecessem nas cores do FW45, mas a equipe britânica, que em 2023 será comandada pelo ex-Mercedes James Vowles, optou por manter o mesmo esquema de cores de 2022, com predominância do azul escuro e do azul claro, um padrão geométrico quadriculado na lateral e detalhes em vermelho.

“Conforme a Williams continua a sua transição, estamos orgulhosos de exibir o layout deste ano”, declarou Matthew Savage, presidente da equipe. “Estamos empolgados com o carro deste ano e não posso agradecer a toda a equipe de Grove o suficiente pelo trabalho duro deles para estarmos prontos para a temporada”, prosseguiu.

“Estou encantado em receber nossos novos e permanentes parceiros na nossa jornada. Com nosso novo chefe de equipe, James Vowles, se juntando a nós no fim do mês, e com nosso empolgante line-up de pilotos formado por Alex e Logan, a Williams está pronta para dar tudo de si em 2023”, encerrou.

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Para 2023, a Williams mantém Alexander Albon, que teve algumas ótimas performances em 2022. Por outro lado, abre mão dos muitos dólares de Nicholas Latifi, que parecia estar fazendo hora extra, optando pela promessa americana Logan Sargeant.

“Estou realmente empolgado em começar outro ano com a equipe” , disse Alexander Albon. “O carro parece ótimo e vamos para a pista em Silverstone. A equipe trabalhou realmente tudo no último ano e ao longo do inverno para abordar alguns pontos chave do carro, trabalhando para tentar maximizar o que tiramos do carro para 2023, então estou ansioso para ver o que o FW45 pode fazer”, seguiu.
“Também recebemos novos parceiros na equipe este ano, então é ótimo tê-los a bordo”, completou.

“Estou realmente empolgado para a temporada começar depois do que, para mim, parece ter sido um longo inverno”, comentou Logan Sargeant, novato americano. “Estou supermotivado e trabalhamos muito. O carro parece incrível e isso mostra o enorme esforço que a equipe vez na off-season, então estou ansioso para começar em Silverstone antes de irmos para o Bahrein”, acrescentou.

A Williams vive uma situação das mais complexas na F1. Por um lado, é inegável que o time britânico precise urgentemente de resultados, afinal, não está na categoria para ficar na última colocação e, no fim das contas, a pontuação final da temporada é crucial para a distribuição da premiação de cada time.

Por outro, a situação financeira pelos lados de Grove já esteve muito pior, ou seja: não é caso de falência e também indica que há alguma margem para desenvolver bem os próximos carros, ainda que ter começado tão mal no novo regulamento seja péssimo sinal. Uma coisa é certa: não será a ‘Mercedes B’.

“Eu não a consideraria uma mini-Mercedes. A Williams é uma equipe incrivelmente independente por mérito próprio que formou sua própria história, sua própria herança. Isso não significa que a Mercedes e nós não teremos colaboração de uma forma ou de outra, já havia colaboração antes de eu entrar. Mas tenho que fazer o que é melhor para a Williams de agora em diante”, comentou Vowles, que assume o comando do time no dia 20 de fevereiro.

Aliás, aqui é algo que merece destaque: a Williams passa por mais uma reestruturação, algo que tem acontecido com frequência maior que o recomendado. Alegando desgaste, Jost Capito, que chegou com muita moral do rali, deixou a chefia, agora ocupada por Vowles, figura tão importante na dinastia imposta pela Mercedes na última década.

2023 será a 47ª temporada da Williams na F1. Grande equipe da categoria nos anos 1990, os ingleses somam sete campeonatos de Pilotos e mais nove de Construtores. Ainda que tenha mudado o grupo controlador nos últimos anos, é uma das equipes mais clássicas da categoria.

Segunda maior campeã de Construtores da história, quarta de Pilotos e também quarta em número de vitórias, com 114, a Williams vive uma fase tenebrosa. O time não termina um campeonato no top-5 do Mundial de Construtores desde 2017, não vence desde o GP da Espanha de 2012 e não levanta um título desde 1997.

A quarta apresentação prevista para a Fórmula 1 2023 é a da Alfa Romeo, marcada para a próxima terça-feira (7), às 6h (em Brasília). A AlphaTauri vem na sequência, no sábado (11).

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